A Playboy de outubro vem toda trabalhada na modernidade e ousadia. Há muito um ensaio da revista não era tão diferente e provocante. A gente adora aquelas produções incríveis, clássicas e históricas como a de Nanda Costa no aniversário do coelho, mas fica super feliz quando vê trabalhos do tipo do publicado este mês. Dá aquela sensação que existe um caminho inusitado para ser seguido e, que, sim, é possível fazer um trabalho incrível sem precisar de todo aquele luxo.
corajosa!
O ensaio estrelado por Pietra é sacana como a estrela e provocante como a fotógrafa Autumn. Acredito que só esta combinação proporcionaria fotos tão boas e diversificadas. Talvez outro fotógrafo não teria o poder de imprimir seu estilo nesta situação, ou outra estrela não teria a mesma entrega, e correríamos o risco de perder essas fotos com tesão transbordando pelas páginas impressas.
Pelo que dá pra sacar, a história de fetiche é protagonizada por uma ladra bem gostosa, que não tem medo de aventura. Ela fica pelada no helicóptero, rende o piloto, rasca a cidade nua em seu carrão, erotiza no bar e no bordel, sijoga na cama e no final de tudo, se vê sem saída. Ou será que, finalmente, tem a cidade aos seus pés?
Na minha modesta opinião, o único problema do ensaio é a falta de continuidade. A foto da mocinha no heliponto fica perdida lá no fim, longe das outras imagens em que o helicóptero está em cena. Eu teria aberto o ensaio com as fotos do quarto – que têm o DNA de Autumn –, passava pelo carrão, pelo bar e bordel e chegaria ao heliponto. De resto, é tudo uma grande realização dessa nova equipe de Playboy.
A moda é luxuosa – com algumas peças de fetiche bem pontuais – sem cair na cafonice, os objetos de cena são bem escolhidos, as locações valorizam a ideia do ensaio e a estrela está bonita, sem maquiagem carregada ou caricata. Até a peruqinha morena funcionou bem no contexto.
A última foto é linda, pena que fica perdida...