quinta-feira, 24 de março de 2011

Morde e assopra

Palmas pra Junior, meu povo! Segunda vez consecutiva na edição regular que a revista acerta no ensaio e sai do lugar comum. Acertou no tema, na edição de fotos, no coverboy e trouxe Leandro Lima, o cafa de Insensato Coração, meio gigolô, meio garoto de programa.

As fotos no hotel Cambridge, em São Paulo, tem o grau certo de ousadia, as cores combinam com o clima “sujo” e a experiência de Leandro como modelo internacional conta bastante pra tudo dar certo.

Leandro Lima 1 Leandro Lima 2 Leandro Lima 3Leandro Lima 4 nenhuma saudade do fundo branco

A revista está bem gostosa de ler – tanto que a devorei. Mas nada de diferente nas páginas. Os mesmos box de sempre, tudo bem coloridinho, recortadinho e repetidinho. Jornalisticamente, ok; visualmente ~faz careta.

Nem o “Portifólio” deste mês chama atenção. Mas temos o retorno daquelas páginas que trazem os modelos mais requisitados do mercado publicitário das principais cidade do país. Curitiba é a capital da vez.

curitiba1 curitiba2

Mais garotões descamisados, check!

Ninguém cansa deste mesmo tipo de homem nos ensaios, não? Leitor da Junior não curte tio e bear, é isso? Pois é, levantar esta questão é importante, afinal, a Junior andou fazendo uma pesquisa com cem leitores para traçar um perfil, conhecer seus hábitos e o que gostam ou não na revista. Alguns dados foram apresentados, outros foram guardados para sua reformulação, que ocorre, segundo o publisher André Fischer, na edição de aniversário, em setembro. Aguardemos…

Como sempre, a revista tem ainda um monte de entrevistas – curtas, em sua grande maioria. Este mês, tem o Mister Gay 2011, Eduardo Kamke, a cantora Kelly Rowland, o ator que ficou famoso por interpretar o cabeleireiro gay de Lília Cabral em Divã e que participa da série que será exibida pela Globo em breve, Paulo Gustavo. Mas a publicação decidiu dar a principal para Alexandre Mortágua, filho de Cristina Mortágua e Edmundo, gay e sem nada além disso pra contar. Sensacionalismo mandou beijos!

Alexandre Mortágua Seguindo os passos dos pais no mundo das subs

Tem coisas que só o Ego faz pra você

Thaila Ayala (sobre posar nua) para o Ego:

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dasBancas para Thaila Ayala:

tosabendo Não fode, Thaila!

Fotos: Reprodução Trip e livro Rio Cidade Maravilhosa

Exposição pouca é bobagem

E a capa da SEXY de abril com Natália, a Kate Marrone do Big Brother Brasil 11? Gosto das cores à la Sandy Capetinha e dos peitinhos. Não gosto da cara e do shortinho (na verdade nem é um shortinho e o verso é bem pior que isso). Pelas fotos dos bastidores do ensaio, divulgadas no início do mês, imaginei que o clima da capa seria outro, mais sofisticado e intimista.

SEXY Na banca ou no BBB, o importante é aparecer

Somando os fatores e ignorando o pouco que já foi visto do ensaio, não acho esta uma capa ruim. Deve funcionar bem e tem tudo a ver com a identidade da revista. Fica claro que a SEXY optou por uma proposta extremamente comercial, mas mesmo assim preferiria algo menos direto, mais no clima "Aratangy" dessas duas fotos de divulgação.

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A gongada conjunta

Daí que a VIP liberou as fotos de divulgação da Adriana enquanto os seis colaboradores conversavam sobre o #BBB11. E como poucas vezes, houve consenso geral, desses que um complementa o que o outro fala e, para comprovar, reunimos os melhores comentários de cada um:

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@Thiago: É um zumbi? Zumbis estão na moda, então pode! (sobre a primeira foto, do olho fechado)

@Ike: Antes, só faltava sal na Adriana. Agora falta peito e pente.

@Gabi: E essa bota da Ropahrara? E esse peito sem bico? E esse frisado à la Shakira-anos-90? VIP, se você quiser uma referência de mulher-linda-em-clima-selvagem, eu te dou uma (eu não, a Vogue Espanha de Abril). Isso aí não dá nem pro buraco do dente.

@Ricardo: Ela tá a cara da Ke$ha. Sujinha, com esse cabelo estranho. E essa falta de peito, meu Deus? Entendo que foto de divulgação não pode mostrar tudo (porque senão perde a graça comprar o material final) e nem pode ser muito ousada (já que será replicada em diversos veículos diferentes), mas pô, custava escolher melhor? Já que não pode peitinho, escolhe uma foto que mostra a modelo e não precisa de Photoshop no bico do peito. Ou ela, de fato, não tem bico de peito? Tô confuso agora. E aí, produção?

@Leandro: Produção ao modo Paparazzo. Digo e repito: A VIP já foi muito melhor nisso.

@Pedro: (…). Acredite, quando o Pedro não fala, é sinal que a coisa tá feia.

Gostaria muito de crer que tudo isso é um teaser, uma pitadinha pouco generosa do que vem mais tarde. Só que é difícil, porque tá ornando demais com a capa, e já ficou na cara que a moça não tem nem capacidade de negociar com a Playboy rende.

George Lois no Brasil

O diretor de arte George Lois, considerado um dos maiores publicitários do século XX por publicações como o New York Times e Vanity Fair, e maior responsável pela criação de capas memoráveis para a revista Esquire, fará uma palestra e terá suas principais obras expostas para convidados da Abril (infelizmente ficamos de fora!) na próxima quarta-feira, sobre criatividade na publicidade.

georgelois_esquireEu quero ir!

A pauta inclui a passagem de Lois pela Esquire, onde criou capas lembradas até hoje, como a que o Leandro trouxe na estreia da nossa seção, “Essa capa é um clássico”, com Virna Lisi. Outras memoráveis são a do pugilista Muhammad Ali como São Sebastião, e a de Andy Warhol afundando em uma lata de sopa Campbell. Louis ainda deve contar sobre o processo de criação de algumas de suas mais famosas campanhas publicitárias para marcas como MTV, ESPN, VH1 e Xerox.

Parece que aqueles que realmente se interessarem podem disputar três convites e um livro autografado por Lois #mesquinhagem em um quiz que rola na fan page do Prêmio Abril no Facebook. Vamos lá nos estapear pelos convites? Eu quero!

Ariadna nua: após 20 anos, uma transexual posa para a Playboy

Lindos e lindas, estamos todos super ansiosos para saber como será a participação da ex-BBB Ariadna na Playboy brasileira. É claro que as fotos vão aparecer aqui no dB. Mas antes, resolvemos pedir a ajuda dos universitários do querido jornalista Neto Lucon sobre a repercussão da presença de uma trans numa revista masculina. Neto já escreveu para veículos como ACapa, Junior e era colaborador do portal Mix Brasil. Além disso, na época da eliminação de Ariadna no BBB, escreveu o ótimo texto “Ariadna, incomoda porque existe” em seu blog, o que lhe rendeu o convite para participar desse post especial no dasBancas. Vamos ao que interessa? Arrasa, Neto!

Mitos e verdades sobre a trajetória de mulheres trans na Playboy

Despir-se para uma revista masculina virou praticamente trabalho conseguinte para as beldades que participam de reality shows. Dia 23 de Março de 2011: uma ex-bbb promete esquentar novamente o mercado de revistas com um quê de novidade. Trata-se de Ariadna Thalia Arantes, primeira mulher transexual operada a entrar em um reality show e quarta a estrelar uma edição da revista Playboy, a mais conceituada do gênero.

Foram 20 anos desde o último ensaio de uma transexual. E, ao contrário do que muita gente pensa e é noticiado, não foi Roberta Close a última trans a sair nua nas páginas da publicação brasileira. Em fevereiro de 1991 (capa da apresentadora Karmita Medeiros), uma modelo italiana chamada Tula (Caroline) Cossey esteve nas páginas internas com o título: “O Fenômeno que enganou até Bond, James Bond”, em menção ao filme que estrelou em 1981 com Roger Moore.

No ensaio de seis páginas e doze fotos, realizado pelo fotógrafo Byron Newman, a trans aparece de cabelos esvoaçantes, olhos claros e protagoniza um striptease. A revista resumiu a trajetória da atriz e terminou dizendo “Tula se considera uma mulher realizada. Dissemos mulher? Bem, e você ainda tem dúvida?”


Caroline Cossey (Tula) fala sobre se tornar uma mulher e se casar… Bem, com um homem, claro. E também um pouco sobre a vida de modelo e posar para a PBY (5:00).

Na mesma edição, como se a presença de transgêneros estivesse tornando-se comum para a Playboy, havia também uma foto de Roberta Close na seção “Melhores do Ano”. Ou seja, duas transexuais nuas estavam retratadas com a maior naturalidade na revista. Mas, apesar disso, o sonho da “coelhinha trans” ficou esquecida naquela publicação. Foi a última vez, a última participação... até chegar Ariadna.

Dá um close nelas

Pioneira a propagar a beleza trans no Brasil, antes mesmo de qualquer intervenção cirúrgica, Roberta Close estreou na Playboy em maio de 84, após ter sido vista na coluna Click (capa com Tânia Alves), causando frisson em todo o país. Tanto foi que, três meses após o primeiro ensaio, o fenômeno estava novamente nua, com direito a caderno especial. “Primeiro foi uma coisa pequena, depois tomou uma proporção muito grande, aquela coisa toda da edição esgotada. Todo mundo começou a se dar conta de quem era Roberta Close”, declarou a modelo à revista Sexy de 1993.

“A musa da transguarda sexual do Brasil”, “A mulher mais bonita do Brasil é homem”, “O maior enigma sensual do Brasil”, “Roberta Close também é democracia” foram alguns dos títulos oferecidos a ela: um fenômeno de beleza.

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Roberta na PBY (“atendendo a pedidos!”) e na extinta revista Manchete

Sua presença na mídia – no auge da rivalidade Rio x São Paulo - motivou marketeiros a fabricarem outra bela trans que seria rival, a travesti paulista Thelma Lipp (1962-2004). Resultado: Thelma também se tornou coelhinha em outubro de 84 (capa de Betty Faria). Enquanto Roberta fazia a linha femme fatale, Thelma era pura meiguice, características transferidas aos ensaios, todos elogiadíssimos através de cartas. Após a cirurgia de redesignação sexual, Close exibiu o resultado e protagonizou o terceiro – e último – ensaio para a Playboy, em março de 1990 (capa Luma de Oliveira). Intitulado: “O final feliz”, os cliques do fotografado Bob Wolfenson contaram com poses mais ousadas e livres. Roberta posou posteriormente para a Sexy e Ele&Ela.

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Década de 1990: capas pós-cirurgia

Retrocesso

De lá pra cá pouquíssimas revistas apostaram na beleza trans. Em 2005, a travesti Bianca Soares, ex-casa dos artistas, posou nua para a revista Man (editora Gênero, ensaio feito por André Lima), e em 2009 a modelo Patrícia Araújo, que desfilou no Fashion Rio, desnudou-se para a revista A Gata da Hora. Embora os ensaios tenham ficado bonitos, ousados e artísticos, a repercussão foi modesta.

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Bianca Soares para a revista Man

Até a Playboy demonstrou estar bastante careta em 2010. Na edição de 35 anos da revista (com Cleo Pires na capa), dois jornalistas responsáveis por fazer listas colocaram Roberta e Thelma como os únicos “homens” a posarem nus para a revista. Algo espantoso, já que, em nenhum dos ensaios dos anos 80 e 90, tais termos foram empregados a elas. Eram sempre mitos, enigmas, fenômenos e maravilhosas, nunca utilizaram qualquer referência masculina.

A lacuna de travestis e transexuais em publicações masculinas do início dos anos 90 até os dias atuais pode explicada pela pouca abordagem positiva da categoria. Saíram as trans dos shows de calouro dos anos 80, e entraram uma novidade para o show televisivo dos anos 90, as drags, com apelo decisivo e humorado da sétima arte. Pouco abordadas como artistas, as travestis e transexuais começaram a ser exploradas em notícias correlacionadas a escândalos, pegadinhas, freak shows e páginas policiais. Nada muito sedutor.

Na capa?

Assim como suas antecessoras, Ariadna não sairá na capa da revista regular, mensal, oficial, mas de um “especial” (uma prévia na chamadinha da revista mensal, com a ex-BBB Michelly, e em um extra feito somente para ela). De acordo com algumas fontes ligadas à publicação, a escolha é justificada pela política da Playboy internacional, que exige que apenas mulheres biológicas estampem a capa oficial, jamais homens, transexuais ou travestis.

Além do mais, a presença de uma transexual ou travesti deve ser muito bem explicada pela revista, tal como um pedido inegável dos leitores assíduos e curiosos. Isso pode ser comprovado ao ver capas de Roberta com chamadas do tipo “Atendendo a pedidos. Novas Fotos do Fenômeno Roberta Close” (abril de 1984), bem como a pesquisa da Internet sugerindo um ensaio com Ariadna. Na página oficial da Playboy, a ex-bbb venceu com 65% dos votos.

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Ariadna para o Paparazzo, pelas lentes de Marcos Serra Lima

Mas se não estampar a capa da revista oficial pode ser encarado como retrógrado, o fato de publicarem uma revista especial, somente com Ariadna é uma ousadia, um avanço. Qual motivo? Pensem: enquanto nas revistas com Roberta e Thelma os leitores tinham a desculpa de que as musas estavam apenas no recheio, que existiam outras mulheres ou até que compravam a revista pelas matérias, nesta, eles terão que comprar sem preconceitos e conscientes de que toda a publicação será composta somente por uma mulher transexual: 60 páginas de fotos e entrevista exclusiva. Algo novo e uma ousadia dos editores. É esperar para ver. As fotos são de Bico Stupakoff.

NUAS
> Anos 80: Roberta Close (Playboy), Thelma Lipp (Playboy), Claudia Wonder (Big Man Magazine)
> Anos 90: Roberta Close (Ele&Ela, Sexy), Tula Cossey (Playboy)
> Anos 2000: Bianca Soares (Man), Patrícia Araújo (A Gata da Hora)
> 2010: Ariadna Thalia (Playboy)

Neto Lucon especialmente para o dasBancas*

* quer colaborar com algum post para o dB? É só escrever para o dasbancas@gmail.com. Prometemos ler todos os e-mails com carinho ;)

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PS.: para acompanhar os posts sobre a Ariadna aqui no dB, basta ficar de olho aqui.

terça-feira, 22 de março de 2011

Homem Vogue ou GQ Brasil?

Fiquei decepcionado com a capa #1 da GQ Brasil. Minhas expectativa estavam nas alturas e essa capa bate na canela. Ficou a cara das últimas da Homem Vogue (só lembrando a vocês que a Vogue, ex-Carta Editorial, foi para a Globo Condé Nast, mesma editora da GQ Brasil, e a Homem Vogue saiu de circulação). Alessandra Ambrósio é linda, mas se é pra dar uma top que dessem logo Gisele. Ou então alguma em ascensão. Fiquei com a impressão de que nas próximas capas teremos Izabel Goulart, Fernanda Motta, Michelle Alves... Pra piorar, a capa da @AngelAlessandra da GQ Alemanha de fevereiro/2011 (também postada abaixo) é mais sexy que a nossa. Azar? Bem, dizem que divulgar a primeira capa em baixa resolução não traz boa sorte. Nem boa impressão.

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Mais do mesmo

Perdeu uma, levou outra

A primeira ex-BBB 2011 na VIP – e será a única? – é Adriana. Depois de perder a Playboy por exigir cachê alto demais, a moça chega às bancas com mais pudor, mas num clima bem diferente do que tinha sugerido assim que saiu da casa. Se antes ela queria tirar a roupa num clima menininha inocente, acabou ficando vestida e selvagem.

capa-adriana-1500 tá bonita, tá felina, tá nude

segunda-feira, 21 de março de 2011

Essa capa é um clássico

db_capas_classicas-01Eba! Tem seção nova aqui no dasBancas. O “Essa capa é um clássico” vai trazer toda segunda-feira uma capa que fez história no mercado editorial.
Para a estreia, nada melhor que uma das capas de George Lois para a Esquire americana. Minha escolhida é a provocativa “woman shaving”, de março de 65. A capa que seria inicialmente de Marilyn Monroe, que deu mole e não topou, foi parar nas mãos da italiana Virna Lisi. Recentemente, mais precisamente em maio de 2008, Jessica Simpson revisitou esse clásscio.
dasbancas-01-01
Porque todo clássico merece ser revisto
Ei, mande pra gente, via e-mail (dasbancas@gmail.com), comentários do post, twitter (@dasbancas) ou pelo nosso facebook, sua capa clássica favorita. A gente posta aqui pra você.

TRANSformação

Lea T. – alguém ainda não sabe quem é? – está na minimalista capa da ffw Mag!, que traz as coleções de inverno da temporada. Baseada na ilusão e realidade, trazer uma transexual faz muito sentido, mas pode soar um pouco preconceituoso, mas também pode ser uma grande brincadeira.

ffw Mag!

Depende dos olhos de quem vê.

Mas acho – e estava aqui de papo com o Thiago e acabamos concordando – que o uso da palavra “iludir” é desnecessária, porque esta condição sexual não é uma ilusão, elas realmente são.

domingo, 20 de março de 2011

E a Shakira, ein?

Ontem fui ao show da Shakira que aconteceu aqui em São Paulo, no Morumbi. Ainda estou extasiado com o carisma, a presença, a voz, o corpo e o português perfeito da principal exportação latina para o mundo.

Confesso que torci muito para a Shakira ser capa de alguma nacional, mesmo que com fotos gringas. Em certos casos, a massa aceita numa boa (e compra!), desde que exista acerto de timing e circunstâncias. No ano passado a Gloss mandou bem em colocar Beyoncé em destaque em sua publicação de fevereiro, mês em que a cantora esteve em turnê pelo Brasil.

shakiracoversDa Colômbia para o mundo

Nenhuma feminina aproveitou a oportunidade, preferiram arriscar com artistas nacionais, que estão disponíveis para capas de janeiro à dezembro. Algumas escolhas são até compreensíveis, pois linkam com o carnaval (Nova, com Ivete Sangalo, e Estilo, com Claudia Leitte), que são bons chamarizes também… Mas, por exemplo, por quê não deixar Paola para abril, Marie Claire?

Já a Criativa, foi uma exceção, passou longe de tudo que aconteceu no país março: colocou Jennifer Aniston em evidência por causa da estreia de uma comédia romântica, Esposa de Mentirinha. Se fosse algum filme representativo da carreira da atriz ou algum retardatário do Oscar, até entenderia o destaque. A capa ficou linda, uma das mais bonitas da banca, mas achei totalmente fora de contexto.

jenniferWTF???

TPM constante, tipo isso

De todas as revistas que acompanho mensalmente, a TPM é aquela que menos apresenta inconstâncias editoriais. A diretriz que permeia as edições é tão bem definida que fica difícil avaliar em qual mês a publicação foi melhor e, por isso, o critério passa a ser afinidade, gosto. As matérias de março me interessaram bastante, talvez pouco mais que as do mês passado.

A Gabi trouxe a capa de Paula Fernandes logo quando o time da TPM soltou nas redes sociais da revista. A matéria da cantora em si, não tem nada demais. Serve para apresentá-la ao público da revista que possivelmente, em sua grande maioria, só a conhecia pelo último especial do Roberto Carlos. Adorei as fotos de Daniel Aratangy, mas elas ficariam bem mais bonitas se fossem produzidas em externa.

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Parabéns também para o estilo de Drica Cruz, ficou lindo!

Sempre achei Glória Maria uma figura muito interessante, dessas cheias de mistérios – desde a ocultação do ano em que nasceu até os mitos (então desvendados) das pílulas rejuvenescedoras, que a apresentadora compra ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, Glória demonstrava certo ar arrogante, que deixava a sensação de não ser muito quista no meio.

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A TPM palpitou uns 60 anos, e você?

Na entrevista às Páginas Vermelhas, por Nina Lemos, Glória foi muito simpática e humana – lado talvez revisto e reconquistado após a maternidade de suas filhas, Maria e Laura. Fora que sua história é admirável – de estagiária de jornalismo da Globo e telefonista (dois empregos e um cursinho pré-vestibular ao mesmo tempo) à âncora do principal jornal da emissora por dez anos.

A melhor matéria da edição, que caberia tanto na TPM quanto na Trip, aborda o que foi bem ilustrado nas imagens na dupla de abertura, com fotos de Marcelo Naddeo. Adoro as duas primeiras frases da reportagem “A depilação íntima masculina está longe de ser um trending topic no Twitter. Não pauta conversas de bar nem diálogos entre quatro paredes”. tpm107-sexo-001

Vale o meio termo?

Para sustentar a “tendência”, há um Pelômetro – um comparativo que vai de Tony Ramos (muito peludo) à Ashton Kutcher (sem nada) –, enquete com 100 mulheres (94% aprovam o parceiro depilar, raspar ou aparar) e depoimentos como o de Raquel Pacheco ou Bruna Surfistinha: “Faz parte do sexo oral explorar com a língua a região ao redor do pênis, é gostoso poder dar lambidinhas, mas isso quando não há tanto atrito dos pelos com a língua” argh.

E a fim de sustentar a moda dos pelados, Caio Castro está no Ensaio de março, por Jorge Bispo. O texto que acompanha as fotos mostra que o ator é só mais um rostinho bonito na televisão. Confesso que me desinteressei na leitura logo nos primeiros parágrafos, quando contam que ele só fala na presença do assessor e que os diálogos eram desses de elevadorzzz…

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#decepção

Além disso, vale a leitura da matéria Filhos? Não, obrigada, o editorial de moda com Michelli Provensi, com fotos de Daniel Malva e estilo de Tami Gotoda e a coluna mensalmente boa Badulaque.

*Queria agradecer a Jaque e a Bruna, da TPM, pela ajuda no recebimento desta edição.



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