domingo, 27 de novembro de 2011

Tanta caretice!

dasbancas lea t 1Por que a polêmica? Estamos falando da Elle ou da Ana Maria?
Foi só o tempo de anunciarem que Lea T. será mesmo a capa de dezembro da Elle Brasil para a polêmica começar a ganhar corpo no twitter. Explico. Tudo começou quando a Veja SP, a primeira a dar a nota, falou que “pela primeira vez, uma transexual será capa de uma revista feminina brasileira”. Daí teve gente da ffwMag! se doendo, pois a revista foi a primeiríssima a dar Lea T. numa capa, lá em março passado. Teve também gente tentando justificar, falando que o mérito da Elle é maior por ela ser mainstream, por fazer parte da potência Abril, e a ffwMag! ser mais conceitual. Teve gente grande concordando com isso, dizendo que certas ousadias é de se esperar da ffwMag! e da Elle não (oi?). Teve gente discordando, dizendo que tanto Elle quanto Mag! tem lá suas contas para pagar.
Não considero a Elle uma revista feminina nos moldes da Claudia, por exemplo. Independentemente de ser sim mais comercial, pra mim a Elle é revista de moda tanto quanto a Mag! ou outra qualquer desse segmento. Por ser de moda, pressupõe-se que o público das duas revistas em questão, em sua essência, seja o mesmo.  Então, cadê aquele povo da moda lindo, cheiroso, MODERNO e livre de preconceitos? Recuso-me a acreditar que o comprador da Elle deixaria de levar a edição do mês por ter uma negra ou uma transex na capa. Quem é da moda quer mais é ver os paradigmas partidos em pedacinhos. Revista de moda, independente de qual seja sua editora, tem a obrigação de buscar o novo, de apresentar o diferente e enxergar o belo onde ninguém ainda viu.
Tanto Elle quanto ffwMag! são merecedoras dos aplausos do dasBancas por colocarem Lea T. em suas capas. Claro que não apenas por ela ser transex, mas também por ser uma profissional competente, inclusive, reconhecida internacionalmente. Quem é da moda, assim como o dasBancas, quer mais é ver Leas e Carmelitas em todas as capas. Chega dessa polêmica.
dasbancas lea t 2Ah, essa edição aqui foi a + vendida da Mag! em 2011

5 comentários:

Watch My Mouth disse...

Brasil, o país do atraso.
Pras antas que não tem memória (leia-se bagagem/conhecimento)...
Roberta Close (a mulher mais linda da história do país) no auge de sua carreira, desfilando para Thierry Mugler http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=o1aD4iw7ENY

Fran Alves disse...

As revistas de moda em vez de falar de Moda, modelos e ousar nas produções estão mais focadas em fofoca. Usam as redes sociais para comentar da concorrência e dai que fulano fez primeiro ou segundo ,qual a importância disso ? Concordo plenamente com vocês.

Desanima,porque as revistas se auto denominam ousadas , só que param pela metade,pessoas negras em capa de revista é uma por ano e olha lá (logo aparece um da ffwMag!, falando que fizeram a cota deles este ano,e sim fizeram a revista está linda e não foi feito nenhuma grande divulgação).

Eu acho que o ensaio da Lea T. , vai ser simples, 6 dúzia de foto, com as poses de sempre, o fundo branco com roupas que eu não aguento mas ver na ELLE , o mesmos estilistas cores e tal.

Tá ridículo a polêmica criada, as revistas precisam de inovação e não fofoca.

o Humberto disse...

Eu tive até dificuldade de entender a polêmica, Leandro. Como assim? Estamos falando da Elle, desde sempre, desde a número zero, a Elle = ousadia (ou deveria ser). E mais: leitor de Elle, público da moda, não tem que achar nada de errado em ver Lea T. na capa não. Pelo contrário, tem que achar justo (e considerando-se as últimas 36 capas da revista, pelo menos, tem que respirar aliviado por algo finalmente interessante).

No mais, penso que o pessoal da ffwMag! tem razão de reclamar do título. Foram os primeiros mesmo. A VejaSp deu o mérito à Elle por conta da editora ser a mesma, claro, mas enfim...

Só pra concluir, coincidentemente, hoje eu tava vendo um vídeo da Roberta Close, linda, desfilando para Thierry Mugler lá em 1990 (com a Tatjana Patitz, maravilhosa tb). Serve pra dar uma dimensão do quanto o brasileiro, mesmo o mais metido a cool da moda, pode ser atrasado.

P.S.: e concordo totalmente com a conclusão da fran aí acima, "as revistas precisam de inovação e não fofoca".

Abrazo, meu querido!

o Humberto disse...

Vi agora que o dono do primeiro comment tb falou do desfile da Roberta Close. Melhor, já pos o link tb.
;)

o Humberto disse...

Eu lembrei de uma coisa que eu tinha esquecido de comentar mais cedo, Leandro: o Boy George foi capa da Cosmopolitan UK em 1984. Da Cosmopolitan!

Realmente, essas revistas brasileiras de moda andam super ousadas.

a capa:
http://migre.me/6g5Wz

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