30 de janeiro é o Dia do Quadrinho Nacional. A data é comemorada pois, em 1869, neste dia, Angelo Agostini publicou "Nhô Quim ou Impresões de Uma Viagem à Corte", considerada a primeira HQ brasileira.
Apesar de falarmos pouco de quadrinhos aqui no dasBancas (aguardem novidades), há que se ter consciência da importância dessa linguagem para o mercado editorial. Praticamente todas as grandes publicações, hoje, tem algum conteúdo em quadrinhos. Fora isso, vale lembrar que boa parte das bancas são ocupadas por quadrinhos. Mônica e Mickey reinam absolutos nas bancas de todo o país. A estabilidade destas publicações garante, inclusive, renda para que as editoras possam investir em projetos mais ousados e com menor vendagem - ainda bem!
Fora os jornais, com as eternas sessões de tirinhas - de onde saíram grandes nomes da nossa indústria (inclusive o Rei dela, Mauricio de Sousa).
Mas os quadrinhos nacionais, hoje, estão muito mais na internet e nas livrarias do que propriamente nas bancas. E isso, veja bem, não é ruim não. É apenas uma das maneiras que o mercado encontrou de sobreviver. E de viver.
Nunca houve momento mais especial para os quadrinhos nacionais como agora. Mas como sou fanboy declarado, vou me ater a 3 dos meus autores atuais favoritos.
Vitor Cafaggi, sua versão infantil do Homem Aranha,
Punny Parker, e seu cachorro apaixonado, Valente, estão no atual topo das coisas que mais emocionaram. "Valente Para Todas", último lançamento do mineiro, fala sobre relacionamentos e das dores e delícias de amar.
Li recentemente "
Daytripper", dos irmãos
Fábio Moon e Gabriel Bá e, meu Deus, que surpresa. O livro é de uma delicadeza ainda maior do que os gêmeos paulistas estão acostumados a fazer. Vale a leitura, num dia chuvoso e reflexivo. A vida, as mortes e nossos amores. (Tecnicamente não é nacional, porque foi lançado primeiro lá fora e depois aqui, mas né?)
E pra deixar o dia mais leve, as tiras engraçadolhas e sem noção do
Ryot são uma boa pedida. Ricardo Tokumoto fez sucesso com fanzines, migrou para as páginas de jornal, lançou livro através de crowdfunding e é, hoje, um dos mais bacanas produzindo hqs por aqui. (E ele tem esse "
manual" sobre como fazer tiras relativamente engraçadas quase todos os dias, que é apenas genial).
E você, qual o seu quadrinho nacional preferido?