A VIP de fevereiro me agradou muito. Claro que não chega a ser uma edição marcante como a de Luana ou de conteúdo vasto como em dezembro, mas parece começar a entrar nos eixos. O ensaio está bonito, Fiorella fotografa bem, Duran fez um bom trabalho (principalmente com os desfocados), a entrevista é ok e o maior número de páginas é a melhor mudança.
Além disso as outras matérias abrangem assuntos distintos bem simples e claros, pra ler rápido e apenas como curiosidade. O outro ensaio também é bom de tamanho, o Preliminares veio divertido e a moda de fevereiro sempre foi enche-linguiça (tchau, trema!) mesmo. O melhor pra mim foi o pacotão sobre o Oscar, nada de muito surpreendente, mas é interessante ver todas essas informações numa mesma matéria.
É claro que tem parte ruim: no ensaio do mês de janeiro o texto foi poético e exaltador, bem coerente à imagem que temos de Luana Piovani. Mas o que eu temia aconteceu, tentaram fazer o mesmo com a iniciante em fevereiro. Frases como "A pequena flor, é assim, simplesmente porque é" e "Uma cena para a história: nossa gata arrasou na novela da Globo" soam exageradas para uma atriz de dois
Agora, uma amostra do ensaio antes da parte realmente importante deste texto:
A impressão que a VIP me deixou nessas últimas três edições é de voltar a ter um mínimo de critério com a sua proposta e com o que te deu notoriedade no mercado editorial brasileiro. Fato é que eu acompanho essa revista a dez fucking anos, mês a mês, e já passei por várias fases até poder fazer essa análise.
Nas edições do fim dos anos 90 e primeiros anos dos 2000 ficava claro a proposta dos seus ensaios e capas. Dava pra imaginar toda a equipe responsável pelas fotos reunida pensando naquilo: "Então galera, o que vai ser dessa vez?". Nem sempre dava certo, mas era bom ver a preocupação de profissionais interessados. Melhor ainda era conseguir diferenciar e memorizar todos os ensaio de tão distintos que eram. De uns anos pra cá viraram ensaios padrões, com fórmulas a serem seguidas. Só pra ser mais claro, não estou pedindo nada literal como a Índia de Letícia Birkheuer, mas um pouco do sadismo de Dani Winits, o conceito incomum de Vanessa Mesquita ou o nonsense de Patrícia Coelho, citando apenas alguns exemplos nada unânimes. Enfim, um pouco mais de diferenciação, ousadia e horas em volta de uma mesa são fundamentais para atingir um bom resultado.
E para terminar, uma gracinha para os não leitores de VIP.
Achei divertidinha a lista de segredos revelados pela Leilah Moreno. O formato é o mesmo da que podemos ler na VOGUE HOMEM, mas essa saiu bem menos lugar-comum: