Hoje, aos 38, a ex-lolita ainda carrega uma aura de menina indefesa, um olhar melancólico que mantém o ícone vivo. Esse olhar está na capa da Maxim dividindo as atenções com uma senhora cruzada de pernas. E um par de pés inchados, é verdade. Tirando a falta de criatividade e capricho estético comuns da Maxim, essa é uma capa apenas graficamente ok. Mas que com certeza não passará despercebida nas bancas.
Falta de capricho, a gente se vê por aqui
Falar que Luciana Vendramini está um pouco acima do peso para um ensaio de lingerie não chega a ser uma crítica, acreditem. É apenas uma constatação. Descartaria duas ou três fotos do Lessa onde isso ficou mais evidente. Minhas fotos preferidas são a da cartola, página 48, e a do fundo preto, página 47, ambas abaixo. Roliça ou não, a mulher-ícone continua dona de uma beleza única. Muito mais agradável e marcante que a siliconada, lipoaspirada e ultramalhada beleza onipresente na Playboy dos anos 00.
Com quantas Nicoles Bahls se faz uma nova Luciana Vendramini?!
P.S.: André Jalonetsky se despede da redação da Maxim nessa edição. Espero que o próximo diretor de redação tenha senso estético mais apurado e consiga enfim tornar a revista atraente, visualmente falando, porque a coisa continua feia. Literalmente...
Fotos: Reprodução Maxim