Concrete jungle where dreams are made of
A edição de inverno da HOMEM VOGUE só chegou as minhas mãos no começo de setembro, em clima de primavera. E pelo visto, essa é a revista de despedida, já que as publicações de VOGUE no Brasil agora são da responsabilidade da Editora Globo e até então só se sabe que teremos, fora a edição regular, a Vogue Noivas, a Vogue Casa e a Vogue Passarelas.
O último parágrafo da “Carta ao leitor” diz:
“Uma revista se faz com boas ideias, talento e muito suor. Uma boa revista se faz com tudo isso e um ingrediente a mais: paixão. Uma ótima revista se faz com boas ideias, talento, muito suor, paixão e alma. A equipe da HV se dedicou a fazer essa receita nos últimos três anos.”
A revista fará falta para o público masculino que se interessa por moda. Mesmo não sendo revolucionária e sem muita ousadia, sempre tivemos bons e didáticos editoriais masculinos, sem as habituais repetições e vícios que vemos em outras publicações. E isso vale tanto para ensaios importados quanto para os produzidos por aqui.
Mas especialmente nessa edição de número 30, achei o conteúdo de moda acima da média, graças aos textos de Sylvain Justum e cia. e o único editorial com assinatura da revista preguiçoso e sem identidade. Com fotos de André Schiliró e edição de Matheus Mazzafera, o “Qual é a sua?” ficou mauricinho básico demais.
O ensaio de capa, com Michelle Alves em Nova York, por sua vez, é bem superior aos últimos publicados por HV. Tirar Mazzafera da equipe e dar a responsabilidade das fotos para Autumn Sonnichsen foi uma ótima decisão. São apenas 10 páginas, mas de um jeito sexy e com muita classe.
Autumm te põe parada na posição
O ensaio interno também traz uma modelo digna de capa, pelo caminho que a revista vinha tomando. Fabiana Semprebom, por Rodrigo Marques, levou o título de “bumbum mais perfeito do mundo”, o que não foi de fato exibido em suas fotos.
Ficou na dúvida se Semprebom tem mesmo esse mérito todo? Só para ilustrar:
HOMEM VOGUE fará falta para o seus leitores, para o dasBancas e para a minha coleção. Podemos esperar por uma versão de HOMEM sem VOGUE como aconteceu à RG? E você Globo? Pretende finalmente nos agradar com uma publicação masculina? Esperemos.
Au revoir!