Bem no começo da revista, Sérgio Xavier, em seu editorial, avisa que Aline Prado foi uma contratação de última hora. Chegou mudando o planejamento do coelho e, finalmente, ocupou um lugar que é de direito seu há 8 anos. Diferentemente da antecessora Valéria Valenssa (gente, o nome dela é com 2 ESSES!), a ex-Globeleza não podia posar nua enquanto estava a frente da vinheta de carnaval da Globo, por isso a troca de musa era o momento certo para a capa de Playboy. E, olha, que bom que Aline topou!
Com um sorrisão estampando o rosto e uma malemolência contagiante, a mulata deixa todos os leitores boquiabertos. Sério, a menina está ótima em todos os momentos do ensaio clicado por Autumn Sonnichsen. E olha que as fotos vão da praia para o barracão da escola de samba, passando por uma coisa black/bling-bling, sem aviso prévio. É todo um samba de referências que só funciona pelo tesão, pela vontade de estar ali estampando aquelas páginas.
Na curta entrevista que acompanha o ensaio, perguntam para Aline como é ser a 6ª negra na capa da revista. E, claro, ela se sente lisonjeada. Eu, no lugar dela, teria aproveitado para dar uma boa resposta e deixar claro que no Brasil tem tanta negra que merece essa capa, que esse número é no mínino ridículo. Mas né, vamos aplaudir essa escolha! Melhor poucas, que nenhuma...
O ensaio produzido por Fabiana Moritz é tão legal, tão cheio de energia, que quando acaba a gente volta as páginas para ver outra vez. E aí acaba de novo e você volta. E fica nesse ciclo. Gente, porque essa economia de fotos? Tava tudo tão legal, certeza que dava para publicar um pouco mais de fotos. E, como a gente já viu antes, por seu estilo mais bagunçado e despretensioso, Autumn funciona bem com matérias mais longas, onde a gente pode ver todas as suas ideias fervilhando e se desdobrando em sensualidade.