Mês quase acabando e, finalmente, o ensaio da Playboy chega ao nosso blog. Então, não é por pouco caso com a moça, nem por má vontade com a revista, mas num mês que nossa vida não deu folga, perder tempo falando de um ensaio tão qualquer nota me parecia bobagem. Mas vamos a ele.
Então, o ensaio estrelado por Ariane Steinkopf é de uma pobreza sem tamanho. Fotos sem força, sem apelo e, principalmente, sem uma modelo que segure o conceito. Ariane tem aquela carinha de boba, com o corpo exagerado, mas não é naturalmente sensual. Colocá-la na rua foi um grande erro da equipe, a moça, apesar de não demonstrar desconforto, não acrescenta nada às imagens, anda sem provocar os passantes, parece um boneca inflável sendo guiada pela equipe.
Por falar em boneca inflável, os seios de Ariane são um capítulo a parte na revista e olha que nem estou falando dos mamilos polêmicos. Não consigo entender em que mundo peitos tão grandes e deformados são vistos como algo bonito e sensual. Sinceramente, chego a ficar sufocado ao ver o par de bolas que a menina leva no peito.
Além do erro que é a própria modelo, acho o trabalho de produção muito pobre. Gosto da sacada de fazer as fotos da moça perambulando pelas ruas – afinal, foi demitida pelo Pânico – mas é tudo feito de maneira tão desprositada. As peças cafonas usadas, com toques fetichistas, e a maquiagem exagerada (pra quê cílios postiços tão longos?) não dialogam com a ideia. Não seria mais sensual uma mocinha safadinha? Uma menina provocante vale mais que uma pseudo gostosa cheia de tiras, cortes, espartilhos e sapatos altíssimos. Não sei não, mas eu teria feito diferente.
Somada à produção tosca, o tratamento das imagens é outra coisa incômoda. O preto e branco que marca boa parte do ensaio e normalmente dá um tom classudo, deixou a coisa fria demais, muito cheia de contraste e quase aterrorizante. São Paulo já é um cenário muito duro, uma coisa mais ensolarada e quente teria mostrado que apesar de estar na rua da amargura, a menina não sofre com a situação e, ainda assim, tira dela o melhor.
De fato, é um ensaio para ser esquecido.