sábado, 5 de novembro de 2011

Lula, o câncer e as capas semanais

Fazia tempo que nossas três principais semanais de informação não chegavam nas bancas com capas sobre um mesmo assunto. E quando esse “fenômeno” acontece, claro, o dasBancas adora observar bem de perto. Pena que o assunto da vez, o câncer do ex-presidente, não esteja na minha lista de favoritos. Reparem que tirando um detalhe ou outro, o que destaca a capa é a foto escolhida.

Na Veja, temos um Lula sofrido, cabisbaixo e com a mão levada a boca. A foto é recente? Lula já estava doente? Das três, essa é a foto mais expressiva. Por outro lado, é a mais apelativa também. E esse cabeçalho horroroso da Veja é praticamente um câncer e mata qualquer capa.
veja Lula pessimista

Na ISTOÉ, o ex-presidente aparece sorridente, de cabeça erguida. Bem, ao menos o ângulo – de baixo pra cima – me passa essa impressão. O conjunto é harmonioso.
istoe
 Lula otimista
Na Época, ele está pensativo, olhando para o horizonte. Acho a idéia do meio termo boa, mas a expressão do Lula poderia ser menos apática. O tamanho reduzido da imagem, se comparada com as concorrentes, também ajuda a tirar um pouco a força da capa. O cabeçalho da Época, bem-resolvido, não me incomoda e gosto do caminho que a matéria de capa seguiu, linkada à polêmica do SUS.
Epoca Lula apático

Não amo nenhuma das três, mas dessa vez fico com a capa da ISTOÉ.  E você, qual das 3 prefere?

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Menina Rica em Viagem Exótica

A atriz australiana Isabel Lucas - ela fez o último Transformers e dizem que é queridinha do Spielberg - estrela um editorial super bonito para Vogue Austrália. No editorial, a loirinha foi para uma excursão na África e está lindíssima na paisagem árida típica da região. 
Com seus trajes de mulher rica em viagem ao paraíso exótico, ela não deixa o glamour de lado em nenhuma das cenas, tudo muito bem editado e com pitadas étnicas que não deixaram a coisa caricata, nem dissonante demais. Do jeito que a gente adora ver!
Vão pra África, gente?

Fogo e paixão

Na imperdível GQ Brasil de novembro, a ruivíssima Cintia Dicker () mostra sua natureza selvagem para as lentes de Jacques Dequeker.
Ruiva que amamos!
Fotos: Reprodução GQ

CYBER-JAPA

Sabrina Sato encarnou uma boneca cibernética toda trabalhada no látex para as lentes fetichistas do Tripolli e o resultado desse encontro pode ser conferido na TOP Magazine de novembro. A capa oficial divulgada hoje a gente mostra aqui!
Sabrina_dasbancas O futuro já começou na TOP Magazine

PANTONE PRATA É O NOVO PRETO
Como rola um bom pantone prata, essa capa é daquelas mais bonitas de se ver na mão. Tive um pouco de dificuldade para ler o subtítulo, “Boneca Cibernética”, da chamada principal, mas provável que o problema não exista na versão impressa. Veremos.

Vem, todo mundo!

A Trip 204 aborda o tema Diversidade Sexual, mas bem que poderia ser sobre Coragem. A Trip foi muito macha ao mandar para as bancas uma edição inteirinha dedicada às mais diversas formas de amor, com direito a beijo gay na capa e tudo. Um soco no estômago de bolsonaros que assolam um Brasil de preconceitos mil.

A revista fez jus à temática e mostrou de um tudo: surfistas gays, ursos de diferentes espécimes (cub bear, polar bear, muscle bear, standard bear), um gordinho nerd declaradamente apaixonado por travestis (o T-Lover), um homem com vagina... Pára tudo! Um homem com VA-GI-NA?! De todas as pessoas (e não foram poucas) que filaram minha Trip, não teve quem não parasse na página onde Buck Angel, o tal homem (na verdade é uma mulher) com vagina, exibe com orgulho sua vigorosa... vagina.

Ninguém saiu ileso da matéria “Até Quando?” com fotomontagens perturbadoras, feitas pelo craque Fujocka, de histórias reais de agressões sofridas por gays ou pessoas que pareciam ser gays. Sim, heteros, gays apanham e são mortos pelo simples fato de serem gays. Também se destacaram nessa edição o bate-papo sincero entre os jornalistas, e homossexuais assumidos, Milly Lacombe (@millylacombe) e Vitor Ângelo (@vitorangelo), a entrevista com o psicanalista Contardo Calligaris, as Negras com o sui generis Zé Celso e o tradicionalíssimo Show It cedendo lugar na areia para a beleza masculina passar. Só senti falta das páginas de moda que teriam nesse número liberdade maior para causar.

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Deveras diversa

A AMOREBA É UM BARATO
O ensaio sensual do mês não conta com a presença de uma típica Trip Girl. Quem tira a roupa para a Trip é a turma animada da Amoreba, a “Ameba do Amor”. Se faltou sensualidade de um lado, sobrou história para contar do outro. O que a primeira vista pode parecer uma grande sacanagem, no final, mesmo com xoxotas e paus aparentes, não tem nenhuma maldade. São apenas pessoas curtindo o amor livre de rótulos e preconceitos. As fotos de Fernanda Rappa transmitem com naturalidade esse respeitoso ninguém é de ninguém.

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Ops, acho que vi um pintinho!

A Trip 204 não polemiza, não levanta bandeiras. Ela apenas cumpre seu papel de informar e coloca na roda, de forma bem honesta, uma discussão que teima em ser tabu. Sem dúvida, uma das edições mais relevantes do mercado editorial brasileiro, um marco na história da Trip. Um viva ao amor!

Fotos: Reprodução Trip
+ fotos na revista impressa

A lindinha da Grazi na GQ

Como o Leandro mostrou ontem, Grazi vem vestida de Pin-Up na GQ de novembro e a coisa tá toda bem bacana. Apesar do ensaio em estúdio de fundo branco, acho as fotos tão bonitinhas e bem planejadas que isso vira um mero detalhe. Dá uma olhada em algumas aqui, e pra ver o restante compra a revista ou vai no site da GQ.


Ah, se você também não resiste aos encantos de Grazi, pense duas vezes antes de dar play no vídeo abaixo. Fiquei hipnotizado.




Covertwist

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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cacau versão 2.0

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essa língua tensa me irrita um pouco e me faz acreditar que só Cléo sustenta uma capa com direito a língua.

 

Então gente, a Playboy liberou a segunda versão de capa para sua edição de novembro. De modo geral, acho a capa bem legal. Sugestiva na medida, a brincadeira com chocolate tem seu apelo erótico e tal. Só não sei se o nome Cacau sustenta uma capa tão, digamos, misteriosa. É um perfil bem desconhecido do grande público para vender revista desse jeito. Acredito que esta capa tão misteriosa só funciona mesmo para colecionadores, que não deixam nada passar, e puritanos, que vão levar a revista pelo título, sem precisar ostentar uma bela bunda para toda a sociedade ver.

E novembro mal começou...

Não é só Grazi com sua GQ que fará bonito no dasBancas hoje. Milena Toscano não está para brincadeira e vem numa capa matadora da Status. Forte e impactante, sem sombra de dúvida, esta é a capa mais bonita da Status e uma das capas masculinas mais bonitas de 2011. A pose foge totalmente do lugar comum, sem deixar de valorizar a beleza da atriz. Linda!
status_dasbancas O nariz arrebitado, a boca, o furinho no queixo, o colo... Aonde isso tudo vai dar?!

Boca roxa e muito mais...

Bom, só consigo pensar isso ao ver a capa da Corpo a Corpo de aniversário que chegou às bancas semana passada. Vejo toda a profusão de informações, todo o exagero de acabamentos (gente, a capa tem hot stamp prata e tinta metálica dourada!), e só consigo parar na boca roxa da Angélica. 
Todo o restante faz sentido no combo revista de beleza/corpo sarado, mas essa boca roxa, gente? Pra quê isso? Ela nem ficou bonita, pra justificar essa escolha.
Além da boca roxa da Angélica, comprando sua Corpo a Corpo de aniversário, você leva pra casa não uma, mas três capas diferentes. Na contramão das outras revistas que lançam as várias capas para serem escolhidas pelo leitor na hora da compra, eles colocaram todas na mesma revista, uma depois da outra. Assim, todo mundo leva mais Angélica com cara de felina (#not), corpo sarado, cabelão alongado e BOCA ROXA! Oh, nem vou comentar esse Photoshop PESADO na cara.
 Sério, não preciso.

Referências, exigências e a mulher + sexy do mundo

Sim, a lista das 100 + Sexy da VIP continua uma grande bobagem. Mas quem resiste a uma conferida? O formato não mudou. A votação popular também não. Os nomes das 100 garotas idem: 60 deles estiveram na lista do ano passado e os outros 40 não passam de variações sobre um mesmo tema. Para entrar na lista, todos sabem, não precisa ser sexy ou popular, basta ter meia dúzia de fãs (serve mãe, pai, tia...) participativos. Mas a lista em si é o que menos importa para o dasBancas. Gostamos é de capa e de ensaio de capa.

A midiática Deborah Secco levou, merecidamente, o título de 2011 e ficamos aliviados por não corrermos o risco de termos uma mulher mais sexy do mundo desempregada no ano que vem, não é mesmo, Juju Salimeni? Todo mundo que acompanha o blog sabe que prefiro aquela Deborah Secco que posou nua duas vezes para a Playboy, que apareceu de perna aberta e cigarrinho na mão na capa da VIP ou com a calcinha superatochada no Paparazzo. Mas a Deborah mudou, diz que não liga mais para essa coisa de ser sensual, que sexy é a personagem, e blábláblá... Então só me resta respeitar.

No ensaio para a VIP, Deborah estreia nas masculinas seu novo visual, mais elegante, com cabelos curtos e escuros, corpo menos malhado, porém ainda sim definido. Apesar da postura “não sou sexy” de quem anda sendo bem-assessorada, Deborah está sim no auge da (boa) forma física. Visual novo aprovadíssimo.
 

Ser ou não ser sexy, eis a questão
Após dar a 1ª folheada rápida no ensaio, ainda na banca de revista, a impressão que ficou não estava relacionada diretamente à Deborah e sim ao fotógrafo. “Nem parece o Bob”, pensei alto. Só quando parei com mais calma para uma 2ª folheada consegui identificar a clara referência ao ensaio da GQ UK de setembro de 2009 com a atriz (linda, elegante e muito sexy) Sienna Miller. Referência exigida por Deborah ou sugerida pela revista? 
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A referência é clara
Nada contra referências, mas quando elas são usadas como na VIP, de forma um tanto engessada (exigência da atriz? Falta de criatividade da revista? Fotógrafo pouco inspirado?), o risco da comparação é eminente. Sim, o ensaio original da GQ é muito mais bonito. A locação é mais bonita, tem mais verde, passa com naturalidade um clima bucólico, um romantismo... você acredita de verdade que Siena pertence de alguma forma àquele lugar. O da VIP, posado demais, não. A produção de moda da GQ também é mais sofisticada. Não sei se crochê vai pegar novamente, mas a imagem mais recente que tenho de um maiô de crochê é da personagem Bebel de Paraíso Tropical. Esse foi um dos raros momentos onde a VIP não seguiu à risca o script da GQ e, que pena, acabou errando.

Deborah de Bebel (acima) e de Sienna
O ensaio é bom, apesar de pouco criativo. Tem fotos boas, mas nenhuma com potencial para se tornar clássica. Mesmo na 3ª, 4ª folheada, o que mais me chama atenção é o fato de o ensaio não ter a cara do Bob, ser mais VIP do que Bob Wolfenson. Com um roteiro tão pré-definido, com o padrão VIP tão rígido, ele poderia muito bem ser clicado por qualquer fotógrafo. Mas o Bob foi, com certeza, uma das inúmeras exigências da mulher mais sexy do mundo.
Fotos: Reprodução VIP
+ fotos do ensaio na revista



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