Sim, a lista das 100 + Sexy da
VIP continua uma grande bobagem. Mas quem resiste a uma conferida? O formato não mudou. A votação popular também não. Os nomes das 100 garotas idem: 60 deles estiveram na lista do ano passado e os outros 40 não passam de variações sobre um mesmo tema. Para entrar na lista, todos sabem, não precisa ser sexy ou popular, basta ter meia dúzia de fãs (serve mãe, pai, tia...) participativos. Mas a lista em si é o que menos importa para o dasBancas. Gostamos é de capa e de ensaio de capa.
A midiática Deborah Secco levou, merecidamente, o título de 2011 e ficamos aliviados por não corrermos o risco de termos uma mulher mais sexy do mundo desempregada no ano que vem, não é mesmo, Juju Salimeni? Todo mundo que acompanha o blog sabe que prefiro aquela Deborah Secco que posou nua duas vezes para a Playboy, que apareceu
de perna aberta e cigarrinho na mão na capa da VIP ou com
a calcinha superatochada no Paparazzo. Mas a Deborah mudou, diz que não liga mais para essa coisa de ser sensual, que sexy é a personagem, e blábláblá... Então só me resta respeitar.
No ensaio para a VIP, Deborah estreia nas masculinas seu novo visual, mais elegante, com cabelos curtos e escuros, corpo menos malhado, porém ainda sim definido. Apesar da postura “não sou sexy” de quem anda sendo bem-assessorada, Deborah está sim no auge da (boa) forma física. Visual novo aprovadíssimo.
Ser ou não ser sexy, eis a questão
Após dar a 1ª folheada rápida no ensaio, ainda na banca de revista, a impressão que ficou não estava relacionada diretamente à Deborah e sim ao fotógrafo. “Nem parece o Bob”, pensei alto. Só quando parei com mais calma para uma 2ª folheada consegui identificar a clara referência ao ensaio da GQ UK de setembro de 2009 com a atriz (linda, elegante e muito sexy) Sienna Miller. Referência exigida por Deborah ou sugerida pela revista?
A referência é clara
Nada contra referências, mas quando elas são usadas como na VIP, de forma um tanto engessada (exigência da atriz? Falta de criatividade da revista? Fotógrafo pouco inspirado?), o risco da comparação é eminente. Sim, o ensaio original da GQ é muito mais bonito. A locação é mais bonita, tem mais verde, passa com naturalidade um clima bucólico, um romantismo... você acredita de verdade que Siena pertence de alguma forma àquele lugar. O da VIP, posado demais, não. A produção de moda da GQ também é mais sofisticada. Não sei se crochê vai pegar novamente, mas a imagem mais recente que tenho de um maiô de crochê é da personagem Bebel de Paraíso Tropical. Esse foi um dos raros momentos onde a VIP não seguiu à risca o script da GQ e, que pena, acabou errando.
Deborah de Bebel (acima) e de Sienna
O ensaio é bom, apesar de pouco criativo. Tem fotos boas, mas nenhuma
com potencial para se tornar clássica. Mesmo na 3ª, 4ª folheada, o que
mais me chama atenção é o fato de o ensaio não ter a cara do Bob, ser
mais VIP do que Bob Wolfenson. Com um roteiro tão pré-definido, com o padrão VIP tão rígido, ele
poderia muito bem ser clicado por qualquer fotógrafo. Mas o Bob foi, com
certeza, uma das inúmeras exigências da mulher mais sexy do mundo.
Fotos: Reprodução VIP
+ fotos do ensaio na revista