segunda-feira, 27 de maio de 2013

Audrey eterna

Audrey Hepburn é a atriz mais bonita do cinema. E isso quem diz não sou eu, fã  confesso da estrela. Essa afirmação vem de uma pesquisa feita em 2009, no Reino Unido. Entrevistaram algumas milhares de pessoas e, no fim, miss Hepburn ficou na frente de nomes como Angelina Jolie, Grace Kelly, Liz Taylor e Charlize Theron.
Mas o que Audrey tinha para ser esse ícone? Ela mesma não sabia, pois se achava estranha. Vivia dizendo que tinha o nariz grande, a boca sem um formato impactante, a testa avantajada. Mas vai ver foi justamente por ornar tantos “defeitos” é que ela se tornou esse símbolo de elegância, charme e todos os outros adjetivos que ela merece. Não é a toa que virou a garota propaganda (e amiga e musa) de Givenchy, um dos maiores estilistas de todos os tempos.
E quando relembramos os vinte anos que nossa bonequinha de luxo deixou esse mundo com menos glamour, a revista Vanity Fair americana resolve colocar a atriz na capa da edição de maio.

Claro que fui correndo comprar meu exemplar, porque é desses que a gente guarda com carinho a vida toda. Depois de uma olhada rápida pela reportagem, achei um pouco estranho, as fotos não evocavam aquela exuberância toda que estamos acostumados. Aí fui ler o texto (excelente, diga-se de passagem), e a matéria era focada nos anos que Audrey morou em Roma, e a relação que ela teve com a cidade e com os italianos. 
Para quem não sabe, a história de amor entre a atriz e cidade eterna começou em 1953, quando Audrey filmou por lá o clássico A Princesa e o Plebeu, primeiro grande trabalho dela e que lhe rendeu o Globo de Ouro e o Oscar de melhor atriz. Depois, foram alguns outros filmes rodados por lá, até que Roma virou o cenário para o casamento de Audrey com o psiquiatra italiano Andrea Dotti e para o nascimento de seu segundo filho, Luca Dotti. 
E só então consegui entender as imagens. Ao mostrar Audrey nas mais cotidianas atividades, como uma ida ao mercado, um passeio ou uma saída com o yorkshire de estimação (chamado Mr. Famous – quero já um cachorro com esse nome), a reportagem vai recontando os dias da estrela por aqueles lados e pontifica que não só ela amava Roma, como também a cidade e os romanos a adotaram como uma deles. Quando andava pelas ruas e frequentava festas, por mais que fosse reconhecida e fotografada, era apenas uma mulher muito bonita que estava por ali. 
Todas as fotos que ilustram a reportagem fazem parte do livro “Audrey in Rome” e, segundo Luca, que ajudou a organizá-lo, a publicação pretende mostrar o cotidiano da estrela enquanto ela viveu na cidade. Todas as fotos foram selecionadas dos arquivos das agências de notícias da época, e feitas por fotógrafos que ficavam o dia inteiro seguindo as estrelas (obrigado, paparazzi!). De mais de 2500 imagens, algo em torno de 250 entraram na publicação. E, pela prévia observada na revista, o que veremos nesse livro? Apenas Audrey sendo linda indo ao mercado usando Givenchy, com óculos Dior enquanto passeava com Mr. Famous, fazendo compras com bons sapatos Chanel (que ela comprava um número maior para ficar mais confortável). Ou seja, reforçando a ideia que sempre tivemos, de que as divas de verdade não deixam de ser incríveis nem nas trivialidades do dia a dia. Acordou, prendeu o cabelo, passou um batom, pegou um casaco Valentino e pronto, já dá para enfrentar os paparazzi do dia a dia numa boa.

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Flavimar Diniz, o autor deste post, é jornalista e colaborador especial do dasBancas. Sempre que alguma revista chamar sua atenção, ele aparece por aqui.

2 comentários:

Júlia Meirelles disse...

Boa noite, Flavimar!
Você poderia me informar em qual banca encontrou essa edição da Vanity Fair? Já rodei São Paulo inteira a procura. Obrigada!

Flavimar Dïniz disse...

Oi, Julia. Comprei em BH, onde moro. Foi super tranquilo achar.

Um lugar que recomendo é a Fnac, sempre tem revistas boas lá. E, das vezes que fui a São Paulo, sempre encontrei umas revistas gringas nas bancas da região da Paulista.

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