A Caras, que se traveste em forma de uma semanal clássica, mas que para bom entendedor não passa de uma publicação de fofocas, trouxe a recém falecida Cibele Dorsa na capa da edição que acabou de chegar às bancas.
Esse tipo de manchete não deveria vender
A chamada principal, “A atriz que morreu por amor” mostra tamanho oportunismo para alavancar as vendas que chega a ser humilhante. Incomoda também o destaque para “EXCLUSIVO: As mensagens que a (…) escritora enviou, antes de cair do 7º andar”, num total desrespeito à família e amigos.
O cavaleiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, pediu à Justiça que impedisse a Caras de veicular uma suposta carta de suicídio da atriz e escritora e de mencionar o seu nome. Como a revista já estava na gráfica, o famoso “jeitinho brasileiro” foi tapar com tarjas pretas.
O pior é que a publicação está reclamando da censura, conforme uma nota publicada na última segunda, “A edição impressa circulará esta semana tarjada como em épocas de censura militar, devido ao fato de que todo o material se encontrava em processo de impressão quando o mandado judicial chegou à editora”. Que nojento, Caras!
13 comentários:
Particularmente, acho que a Caras está SUPER com a razão.
Cibele é pauta em todas as revistas do tipo e se eles têm material exclusivo, devem mesmo usá-lo. Isso é imprensa.
E, neste caso, acredito que BOM SENSO seria o cavaleiro em questão não pedir que a revista fosse censurada e, entender que faz parte dessa história trágica.
Eu já imaginava que esse post fosse dividir opiniões. Eu acho que a dor e a privacidade da família e dos amigos de um(a) suicida devem ser respeitados, e não escancarados. Cibele não estava sã, e sabe Deus como o material foi obtido pela Caras.
Entendo o Doda, essa exposição que o envolve indiretamente é bem complicada.
Mas respeito a sua opinião, Thiago. Só não estamos de acordo
É o tipo de post de quem está fora de uma redação.
QQ jornalista que trabalha no meio (e vamos deixar de fora a dor da família, que nem se discute) publicaria essa capa exclusiva.
E oportunismo é algo que está fora de discussão em qq redação que se preze.
Abs!
Ética:uma coisa que tá faltando na imprensa brasileira.Lançam mão do sensacionalismo pra vender mais.
Aliás,pra que ética pra uma mídia desregulada,né?
Ela enviou um email pro editor da Caras antes de se matar. Ela queria que fosse publicado.
Eu publicaria lindo.
acho totalmente viavel a capa da caras!
e o post deveria ser sobre a "censura" e não sobre a ética da revista.
falhou @dasbancas!
é uma questão delicada.. a mulher é pública (apesar de ser subcelebridade) e a família e os filhos pequenos devem ser preservados... mas preservados de que? se em vida ela fazia questão de escancarar o que quer que fosse notícia... se fosse uma pessoa que quisesse privacidade em vida talvez tivesse na morte... mas quando penso na redação da Caras me lembro daquele seriado da globo Vida Alheia...
Não sei bem como, mas consigo concrodar com o Thiago e com o Ike. Mas ainda acho que a Caras tem mais razão nisso, por mais tosco que pareça.
Eu acho a chamada apelativa e tosca, até parece que ela morreu por amor; morreu porque era desequilibrada.
Por outro lado, vi nesses dias que ela escancarava a vida via twitter e facebook, e antes de se matar ainda teve cabeça pra mandar uma carta para Caras (pasmem!!!). Então, a Caras está mais do que certa de publicar.
PQP, se essa de mandar e-mail para o redator for verdade, ela conseguiu ultrapassar Adriane Galisteu que só sabia curtir dor de cotovelo no Castelo de Caras.
aff...pra começar q duvido q essa carta realmente exista, q alguem mande antes de se matar uma carta ao editor.
Mas supondo q seja verdadeira, eu ainda assim discordo do Thiago, da Caras, e da Abril, que está defendendo a tese de censura até na Veja. Pq não é censura, mas um direito do cara de não ter sua vida privada publica. Pq ele pode ser famoso, mas não é publico. Publico é o Renan Calheiros que usa dinheiro publico pra pagar pensão.
E publicar com essas tarjas pareceu que foi pra chamar ainda mais atenção pra polemica e vender ainda mais revista.