terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sobre o número 1

A primeira Harper’s Bazaar Brasil custou a chegar às bancas de Belo Horizonte (ao menos à banca que eu costumo comprar revistas), mas finalmente consegui garantir a minha. E, como esperado, foi tão bom ter minha primeira Bazzar Br em mãos.

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Primeiro porquê a revista é pesada, dá aquela sensação de que vale quanto custa. E segundo, porquê é um prazer ter um número que já nasce clássico. Sim, esta revista já é um clássico. Todos os colecionadores precisam tê-la. Aí, pensando nos colecionadores eu faço o primeiro questionamento negativo sobre a revista:

 

Pra quê esta capa tipo folder? Essa capa invertida é péssima, amassa toda na primeira folheada e NUNCA, NUNCA, volta ao normal. Uma pena, minha edição de colecionador já está toda estragada…

 

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Neste post, vamos focar nos editoriais de moda, depois falamos um pouco mais sobre o restante da edição. Mas, antes dos editoriais em si, preciso falar sobre o prazer que é ler um texto de Maria Prata em uma revista de moda. Maria é gentil, educada, e mostra postura firme ao capitanear a revista. Suas palavras no primeiro editorial são bem legais, dão dicas do que será a jornada da Bazaar em terras tupiniquins e, desculpem se estou sendo inadequado, têm um certo ar de nostalgia e rancor. Essa equipe liderada por Maria e que está balizada na Carta Editorial parece querer destruir a concorrente Vogue, que outrora fora publicada por eles. E, ao que tudo indica, parecem estar no caminho certo.

 

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No editorial, Maria fala sobre o ensaio de capa da revista. O encontro entre Terry e Gisele foi planejado para repetir a dobradinha das estrelas em páginas da Harper’s Bazaar. Foi Terry quem fotografou a primeira capa de Bazzar de Gisele, lá nos idos de 1998 – procurei a capa feito louco e não achei, se alguém tiver o link, joga nos comentários – .E, também no editorial, Maria dá uma dica de como veio o ensaio: “(…) uma Twiggy do século 21. Imagens frescas, leves e fun, como deve ser Harper’s Bazaar.” Não sei se vejo essa coisa Twiggy, mas o restante é incontestável.IMG_4191IMG_4192IMG_4193IMG_4194

Gisele, como sempre, está LINDA. As produções 60’s deixaram nossa top ainda mais longa e esguia, mas não fizeram que ela perdesse sua ‘saúde’ natural. As fotos de Terry não são muito diferentes do que estamos acostumados. E, acredito, a publicação não queria nada muito diferente disso. Sobre a direção de arte, gosto muito do abre com o lettering gigante – rola em todos os editoriais e em muitas matérias -, e adoro as fotos com filtro amarelo. São um detalhe que acaba dando uma valorizada no conjunto.

 

Passando aos demais ensaios, gostaria de pular o clicado por Paulo Vainer. Ok, as luz é linda, a modelo é uma aposta da publicação, mas o conjunto é meio besta. Não muito diferente do que já estamos cansados de ver mensalmente em todas as revistas do gênero.

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Depois de Paulo Vainer, temos Zee Nunes e Shirley Mallmann e, olha, se este ensaio tivesse ganhado a capa do mês que vem eu não iria reclamar. As fotos estão lindas, os tons cítricos misturados ao cenário clean, a composição extremamente elegante, os pequenos detalhes de cena… TUDO é lindo demais. E claro, ver Shirley em ação é sempre um privilégio.

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Revista de moda brasileira sem foto de Gui Paganini não é revista que se preze, né gente? O queridinho das fashionistas fez um ensaio simples, mas competente para a publicação. As manchas aplicadas em pós-produção deram uma bossa, mas depois da terceira página ficaram repetitivas e desnecessárias. Talvez se tivesse variado a forma, a coisa teria ficado mais interessante. E sim, Thairine é uma gracinha, gente. Vamos dar mais espaço para essa menina. E, de preferência, sem água na cara…

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Bom, numa pincelada rápida pelos editoriais da revista, podemos ver que a Bazaar segue um pouco daquilo que Maria Prata promete: é leve, não é uma bíblia para consultas, mas um manual de sugestões. Um amontoado de dicas e coisa legais que passaram por uma excelente curadoria.

 

O pouco do texto que consegui ler, até o momento, é muito bom. É leve, fácil de ser acompanhado e menos pedante e afetado que o da concorrente. Mas, olhando a revista como um todo, e prestando bastante atenção em nosso mercado, a Harper’s Bazaar não tem muito para onde ir. Ela vai sim parecer muito com a Elle e com a Vogue. Ruim? Se eles souberem aproveitar as semelhanças e fazer mais bem feito, tenho certeza que essa semelhança só será boa para a revista que está começando.

 

E, como já dissemos antes, vida longa à Bazaar Brasil. Já estamos loucos para ver a capa nova e, também, o que vocês vão fazer com esse projeto gráfico lindo que têm em mãos…

7 comentários:

Fran Alves disse...

Guardei a revista dentro de um saco plástico para não rasgar a capa, só o ensaio da Shirley Mallmann já valeu a revista é gostosa para ler, tem assuntos bem legais, e pq essa mágoa de todas as revistas de moda contra Vogue nossa tá feio o negócio, a primeira coisa que fiz quando abri a revista foi ver o Last Look ahhaha , vicio da outra.

Eu já tinha procurado para ver , até pesquisei no site da Gisele oficial e não achei capa da HB fotografada pelo Terry ,tem editorial de 1998 e uma da Vogue Hellas de 1999 que ele fez no começo da carreira dela.

Israel Carneiro disse...

Essa capa estilo folder me broxa.Aff,cagaram no maiô.

Flavimar Dïniz disse...

Também achei a capa um pouco ruim e, principalmente, desnecessária por ser justamente o primeiro número da revista.

Mas os editoriais compensam muito esse pequeno equívoco. Os textos estão bons, e senti que eles quiseram mais do que tudo dar uma boa contextualizada no que é a Harper's Bazaar para quem não a conhecia.


Vida longuíssima à publicação...

Flavimar Dïniz disse...

P.S.: Também sou de BH, mas não senti que demorou tanto a chegar aqui. Comprei a minha na última sexta, e levando em consideração que o mês começou numa terça, com um feriado logo em seguida que praticamente matou a semana anterior, a revista chegou mais ou menos na data. Você costuma comprar em qual banca?

André Luiz disse...

comprei por causa do terry+gisele e não me arrependi! não sou muito fã de revista de moda, mas se todo mês vier um combo lindo desses essa revista já me tem.

Israel Carneiro disse...

Tomara que não tenha o mesmo fim da L'Officiel Brasil.Enfim,estamos bem servidos de revista de moda com as 3 maiores do mundo.

Marcelo SGB disse...

no twitter da HBB eles postaram a capa com o fundo branco.
Tudo bem que é o estilo do Terry, mas pra um número 1 tá muito simplório esse ensaio. Não é 'a toa que tiverem que "amarelar" . O tio deve ter ficado puto! hehehe
Tem fotos do Cauã na RG que tb foram coloridas.

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