Para não perdermos o costume, começaremos os trabalhos pela Trip Girl do mês. Bárbara Nogueira não é a modelo mais bombante que já passou pela Trip. Com um autotítulo de “rainha da lingerie”, muita feira, catálogo, comercial de cerveja e nenhum “desfile chic” no currículo, a mulher até poderia ter bombado com seu rosto bonito e corpo natural, mas o ensaio não rende uma faísca sequer. Tirando a bela foto utilizada para a capa, todas as outras são apagadas. A modelo está praticamente com a mesma cara - boca entreaberta, franjinha no rosto e cachos sobre os seios – no ensaio inteiro. Mesmo a modelo estando com os seios descobertos em todas as fotos, o ensaio não é sexy. Também não é bonito. Natural (tirando o cabelo de adolescente que não convence) até pode ser, vai. E já está na hora da Trip aumentar o nº de páginas dos seus ensaios de capa. Só 9 páginas também não ajuda.
O editorial de moda do mês não é muito funcional, já que não dá pra ver direito as roupas, mas as fotos são tão bacanas, o resultado é tão maneiro que isso perde totalmente a importância. Parabéns à Li Camargo pela ótima seqüência de editoriais fantásticos nas últimas Trips.
Nessa edição, a maioria das matérias foca no público que está bem no centro do alvo da publicação. Muito surf (duas matérias extensas) e skate (Páginas Negras com Bob Burnquist, figurinha fácil no topo do pódio dos X-Games) para essa rapaziada. Os leitores que estão na periferia do alvo (eu, por exemplo) podem não gostar, mas precisam entender que essa é a vibe da Trip. E mesmo assim ainda é melhor que as matérias chatas da temática da vez ("Família" é a dessa edição) ou um Arthur Veríssimo
A capa de fevereiro é sensacional, mas o conteúdo, de um modo geral, deixa a desejar. Bem, pelo menos pra mim.
Fotos reprodução: Revista Trip
1 Comentário:
adorei a entrevista com o burnquist. e continuo achando a capa com ele moleque ótima.
pena que o resto tá de chorar. fico triste, gostava tanto da trip... era adolescente nos anos 90 e lia a do meu pai.