Presentinho pra você

"- Será quem vai levar meus sucessores para casa?!"

Bora pro resultado?! (gente, o post vai ser ilustração da matéria, porque a Junior não está aqui em casa, mas assim que estiver com ela, faço o update)

[GUIA]

QUE ONÇA QUE NADA!

Bucólico define

Em Três Lagoas (MS), ao contrário do que muita gente pensa, você não vai conviver com onças pintadas... E, olha, é difícil até conviver com veados (se é que você me entende...). Lugar gay não tem e o máximo que você vê é uma pão com ovo ali, um cabeleireiro afetado ali, um emo estranho acolá e só! Mas tá achando que vai ficar pra sempre no prazer solitário morando aqui? Se joga no chat do Terra que tudo se resolve. Há!

Mas se você faz a linha menos queimação, vá pra Lagoa Maior (sim! Aqui tem três lagoas), a única urbanizada e onde o pessoal se reúne pra correr, pedalar e... caçar. Fato! A paquera é muito discreta e só rola uma troca de olhares, um sorrisinho de canto de boca entre uma água de coco nos quiosques ou em algum barzinho ali por perto. Mas sempre tem um conhecido do conhecido que te apresenta, sabe?

As três!

Se você não gosta de sertanejo, vai ter problema com balada por essas bandas. Todo barzinho tem uma pseudo-dupla sertaneja tocando... Mas óbvio que aqui também tem o povo freak! O que salva são algumas festas com djs de São Paulo e a proximidade com Araçatuba, São José do Rio Preto e Presidente Prudente, onde vida noturna gay existe.

A melhor saída por aqui é fazer um círculo de amizades bacanas, conhecer o pessoal e se reunir na casa de alguém. Sempre surge um novato e o crime é certo!

[RESENHA]

FÚTIL?



Moda, culto ao corpo, sexo, falos marcados numa cueca Calvin Klein e polícia. Sim, polícia!

Pela segunda vez (até onde eu sei) a Junior traz em suas páginas uma matéria policial. A primeira, na edição 10, sobre o assassino do arco-íris, e agora ‘Ecos da República’, sobre os assassinatos e as agressões – normalmente cometidos por skinheads - na Praça da República, em São Paulo, principalmente durante a última Parada Gay, mostrando que a tolerância da cidade que tem a maior parade queer do mundo não é tão queen assim. Vale constar, também, que o lugar é considerado o reduto da vida gay, teatral e boêmia da cidade.

O que pode cheirar a pura militância, pra mim, ajuda a fugir um pouco do estereótipo gay que a mídia ajudou a construir, daquela bixa feminina, que mia e só pensa em bobagem (aliás, como a matéria mesmo ressalta, elas são as mais agredidas sempre).

Outro aspecto que chama a atenção é que, diferentemente da ‘irmã’ DOM, sempre superficial, ‘Ecos’ traz trechos e depoimentos do historiador americano James Naylor Green, da Universidade do Estado da Califórnia e autor do livro ‘Além do Carnaval’. Jornalisticamente falando, nada melhor do que uma fonte que passa credibilidade, entende do que fala e consegue passar isso com meia dúzia de linhas sobre crimes homofóbicos noBrasil.

O Cristo lá de 3 Lagoas já levantou as mãos para resar pelas vinhadas!

Através da reportagem, com cada detalhe, com cada situação onde a agressão sempre se mostra gratuita e cheia de ódio, dá pra agradecer nunca ter passado por uma situação dessas e dar graças por, no máximo, um colega de trabalho ter te chamado de ‘viado’.

Ele já sabe que ganhou, afinal todo pai conhece seu filho. Mas para quem tá curioso, o autor no texto e por isso vencedor da promoção, é o jovem Jornalista Pedro Mathias, que mora lá em 3 Lagoas, Mato Grosso do Sul.

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