quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A edição (quase) não óbvia

Assim, absolutamente nada contra uma dúzia de famosas que mensalmente estão nas bancas, mas só fazem troca-troca nas capas de revista: em janeiro aparece baranga-sensual e cheia de glíter na Nova, em fevereiro posa meio classuda na Marie Claire, em março fica pelada na Playboy, em abril aparenta ar freak com maquiagem degradê na Gloss, em maio anuncia gravidez de pagodeiro simultaneamente na Contigo, Caras e Quem, e por aí vai.

Confesso que gosto mais quando alguma revista chega com a grata surpresa de uma famosa – aparentemente avessa a tudo isso – na capa de sua edição mensal. Temos bons exemplos dessa linha, em menores quantidades: Lília Cabral na Cláudia, Marina Lima na Playboy, Fernanda Takai na Serafina, Camila Morgado na Estilo e, agora, Fernanda Torres na TPM:

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… mesmo descabelada e sem unha feita

Por mais que Fernanda não renda frequentemente notinhas no Ego, há sempre anseio por notícias da atriz. É provável que seja pela garantia dela saber escolher os trabalhos os quais participa – de minissérie da Globo à websérie de sabão em pó. Em novembro Torres tinha mesmo movitos para estar na mídia, pois voltou às telas com a série Amoral da História, no canal pago Multishow. A única queixa é que seria melhor se a TPM acertasse o timing da edição: o programa estreiou logo no comecinho do mês e a edição chegou às bancas por volta da segunda quinzena.

Dando continuidade as coisas boas, a revista consegue fugir do óbvio também na matéria “A mulher é o novo homem?”. Por mais que o título passe aquela sensação de já ter lido isso antes, a TPM propõe o debate entre quatro pessoas com pontos de vista bem diferentes. O resultado é interessante, mas o melhor é que a revista não se mete a grande entendedora e, por isso, não há uma conclusão ou uma resposta clichê. E olha que charme as fotos que ilustram esse papo:

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Lembrete pessoal:@ikelag, fazer o bigode amanhã, sem falta

O editorial de moda retoma como sempre o off white como boa pedida do verão, e cai super bem na Fabi Semprebom, por Rodrigo Marques e estilo de Tami Gotoda. Gosto muito da locação, da iluminação, dos enquadramentos e da composição fotográfica. Recomendo que outras mensais guardem esse editorial como referência de ótima produção com verba modesta.

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Fabi bem que podia sair do editorial da TPM diretamente pra uma capa da Trip, ein

A seção Badulaques está im-per-dí-vel. Vale citar e linkar as melhores colunas para todos acessarem a benção que é o site da TPM, que disponibiliza tudo digital. Comece a leitura por “O Restart acabou com o nosso direito de usar cor!”, veja depois “Eiketes idolatram o milionário Eike Batista” e termine com “Vamos queimar os sutiãs (infantis!)”.

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Curto muito a arte da Tereza Bettinardi

Agora, o baixo do mês vai para o ensaio de João Gabriel Vasconcellos (um dos brothers de Do Começo ao Fim, lembra?), que vai à praia de jeans e camiseta branca. E toda a tentativa da edição de fugir dos clichês é abalada pela declaração-jargão em tamanho 18 e destaque amarelo : “Hoje é tudo pelo gozar, pelo prazer. A pessoa toma drogas para ficar doidona, transa pelo orgasmo. Muito raso. Prefiro buscar a minha evolução. Sem mergulho fica sem graça”. Se tivesse 140 caracteres, servia de tweet pro @tiposdepedante.

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Mal aí, mas mergulho de roupa é que fica sem graça

2 comentários:

Pedro Mathias disse...

. gente, cadê o boy magia que João Gabriel era?

GnER disse...

Sou fã número 1 dessa mulher.

:D

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