Antes da Status chegar às bancas, já tínhamos muitos questionamentos, muitas dúvidas e muita ansiedade. Com a revista em mãos, finalmente, podemos dar nossas opiniões de maneira mais elaborada e precisa.
No que diz respeito à aparência geral da revista, tenho algumas considerações a fazer:
- Acabamento belíssimo. Papel de qualidade, capa resistente, laminação fosca, verniz UV localizado. Tudo bem acima da média da concorrência.
- Design confuso. Pesado, exagero de preto, utilização massiva do A da logo, descuido em alguns pontos - como a imagem toda pixelada na matéria das ondas - e muitas, MUITAS tipografias diferentes utilizadas em textos corridos.
Isto posto, vamos ao ensaio principal?
As fotos assinadas por Jacques Dequeker são brilhantes. O ensaio é muito fashionista? É! Mas, apesar disso, é claramente feito para homem ver. O que menos importa aqui é a roupa usada pela longilínea Fernanda Tavares, mas sim o muitos centímetros de pele exposta. A transparência, a provocação… O fashionismo fica na linguagem visual.
O grande erro cometido na capa não acontece no recheio. As fotos mais produzidas, com o tal vestido Mabel Magalhães estão presentes, mas tudo de maneira mais ousada, leve e menos estranha do quê naquela foto, que por sinal foi repetida no miolo.
A série de fotos em que Fernanda se insinua em uma poltrona é lindíssima. Dá pra sentir uma tensão sexual na cena. E, talvez, se essa energia estivesse impressa na capa, ela não fosse tão inadequada quanto a publicada.
Sim, a capa publicada é inadequada, parece destoar do que a revista se propõe. A Status, diferente da concorrente GQ, não é tão fashionista quanto a finada Homem Vogue. Por isso, uma capa tão fria talvez afaste os possíveis compradores desta revista, que é uma novidade para grande parte dos frequentadores de banca de revistas.
Talvez, se nessa primeira edição a personagem de capa fosse mais acessível, mais popular – não apenas no quesito famosidade – e o ensaio mais visceral e sexual, a revista agradaria ainda mais gente.
Ah, quer saber minha opinião quanto a ilustração que integra o ensaio? É bonita, traz uma bossa para a brincadeira, mas não é um elemento necessário para a qualidade do material publicado. Mas, tem a possibilidade de ser um diferencial a ser explorado. Aguardemos…
5 comentários:
A TPM tbm curtia dividir o nome da pessoa que nem fizeram nesse abre. Só lembrei disso quando vi.
Hummmm... Acho esse ensaio pra homem não, é bem estilo revista-fashion. A STATUS precisa definir sua linha editorial, senão será apenas mais uma revista nas bancas, igual a um monte de revistas desse segmento fashion moda feminina gay... Logo a STATUS que foi referência de revista masculina de conteúdo inteligente, adulto e ousado. Não estou vendo nada disso nessa volta ao mercado. Vamos ver se edição número 2 aponta algum norte, que essa edição de estreia achei meio perdida em proposta. O visual me lembra a TRIP, com design confuso e excessivo, dos anos 90.
Eu gostava quando a Trip tinha aquela confusão toda em suas páginas era uma loucura ter que ficar virando a revista pra ler alguns textos.
Ainda não vi Status dando as caras pelas bancas de onde moro.
Kelvelyn, edição está fraca, mas tem alguns acertos,a chei algumas reportagens boas. Vale a pena comprar, sem muita expectativa. Torço por um número 2 melhor :)
A trip era puro deleite. O Estético e o editorial eram muito inusitados. Era tudo muito novo. Já a status achei meio datada. É um design q já nao faz tanto sentido, sem contar q nem tudo ficou bonito.