domingo, 1 de maio de 2011

Linda, linda, linda e ainda inadequada?

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Antes da Status chegar às bancas, já tínhamos muitos questionamentos, muitas dúvidas e muita ansiedade. Com a revista em mãos, finalmente, podemos dar nossas opiniões de maneira mais elaborada e precisa.

No que diz respeito à aparência geral da revista, tenho algumas considerações a fazer:

- Acabamento belíssimo. Papel de qualidade, capa resistente, laminação fosca, verniz UV localizado. Tudo bem acima da média da concorrência.

- Design confuso. Pesado, exagero de preto, utilização massiva do A da logo, descuido em alguns pontos - como a imagem toda pixelada na matéria das ondas - e muitas, MUITAS tipografias diferentes utilizadas em textos corridos.

Isto posto, vamos ao ensaio principal?

As fotos assinadas por Jacques Dequeker são brilhantes. O ensaio é muito fashionista? É! Mas, apesar disso, é claramente feito para homem ver. O que menos importa aqui é a roupa usada pela longilínea Fernanda Tavares, mas sim o muitos centímetros de pele exposta. A transparência, a provocação… O fashionismo fica na linguagem visual.

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O grande erro cometido na capa não acontece no recheio. As fotos mais produzidas, com o tal vestido Mabel Magalhães estão presentes, mas tudo de maneira mais ousada, leve e menos estranha do quê naquela foto, que por sinal foi repetida no miolo.

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A série de fotos em que Fernanda se insinua em uma poltrona é lindíssima. Dá pra sentir uma tensão sexual na cena. E, talvez, se essa energia estivesse impressa na capa, ela não fosse tão inadequada quanto a publicada.

Sim, a capa publicada é inadequada, parece destoar do que a revista se propõe. A Status, diferente da concorrente GQ, não é tão fashionista quanto a finada Homem Vogue. Por isso, uma capa tão fria talvez afaste os possíveis compradores desta revista, que é uma novidade para grande parte dos frequentadores de banca de revistas.

Talvez, se nessa primeira edição a personagem de capa fosse mais acessível, mais popular – não apenas no quesito famosidade – e o ensaio mais visceral e sexual, a revista agradaria ainda mais gente.

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Ah, quer saber minha opinião quanto a ilustração que integra o ensaio? É bonita, traz uma bossa para a brincadeira, mas não é um elemento necessário para a qualidade do material publicado. Mas, tem a possibilidade de ser um diferencial a ser explorado. Aguardemos…

5 comentários:

Patrick Cassimiro disse...

A TPM tbm curtia dividir o nome da pessoa que nem fizeram nesse abre. Só lembrei disso quando vi.

Fernando Vasconcelos disse...

Hummmm... Acho esse ensaio pra homem não, é bem estilo revista-fashion. A STATUS precisa definir sua linha editorial, senão será apenas mais uma revista nas bancas, igual a um monte de revistas desse segmento fashion moda feminina gay... Logo a STATUS que foi referência de revista masculina de conteúdo inteligente, adulto e ousado. Não estou vendo nada disso nessa volta ao mercado. Vamos ver se edição número 2 aponta algum norte, que essa edição de estreia achei meio perdida em proposta. O visual me lembra a TRIP, com design confuso e excessivo, dos anos 90.

Kelvelyn disse...

Eu gostava quando a Trip tinha aquela confusão toda em suas páginas era uma loucura ter que ficar virando a revista pra ler alguns textos.

Ainda não vi Status dando as caras pelas bancas de onde moro.

Fernando Vasconcelos disse...

Kelvelyn, edição está fraca, mas tem alguns acertos,a chei algumas reportagens boas. Vale a pena comprar, sem muita expectativa. Torço por um número 2 melhor :)

Thiago Muniz disse...

A trip era puro deleite. O Estético e o editorial eram muito inusitados. Era tudo muito novo. Já a status achei meio datada. É um design q já nao faz tanto sentido, sem contar q nem tudo ficou bonito.

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