terça-feira, 9 de abril de 2013

Deu a louca nas modas!

Fico super feliz de ver que nossas revista de moda fazem trabalhos com identidade própria, sem ficar aquela eterna sensação de que todo mundo fica lendo o WGSN, anotando e realizando as mesmas tendências. Mas, não sei vocês, vendo as capas deste mês, tenho a sensação de que a  galera pirou e foi atirando para todos os lados. Cada uma está em uma estação, com uma idéia nova, numa viagem própria...
O caso mais claro dessa piração é o da Vogue. Com duas capas diferentes, a revista vem de Rosie Huntington-Whiteley – sério gente, esse sobrenome é um desafio – num clima boho, toda trabalhada na pele e aplicação de tachas. Bonita a locação, bonita a composição e a luz vindo do fundo. Sem contar as cores da foto que são incríveis, né? Daí vem a dúvida: porquê esse rosa na chamada principal? 
A outra capa da Vogue é estrelada por Aline Weber, essa LINDA!, e tem toda uma produção Dolce & Gabana. Ok, pessoal da redação, vocês estão com as contas apertadas e resolveram vender essa capa pra marca? Só isso justifica uma imagem que não dialoga em NADA com a outra, não dá sensação de coleção, nem de linha de raciocínio da revista. Ficou puro jabá, né? E é um jabá tão descarado que Aline não ganha nem um editorialzinho no recheio...
Continuando a saga pelas estações, segundo capas de revista, depois da pele da Vogue, é hora de usar uma produção que minha mãe chamaria de 'meia-estação'. Manga longa, mas com tecido leve e fluido, só pra dar uma protegida desses ventos frios de outono. Adequado, né? Também achei.
Além da adequação climática da produção, a ele traz uma capa chique. Tudo inspira riqueza nesta imagem. O cabelo é de rica, a cara é de rica, a roupa é de rica, o azul do céu – meio lavado – é de rica. E as chamadas com fontes elegantes e geométricas também é coisa de rica. Gosto da ELLE num nível...
Já a Bazaar, aquela linda que nos deu as capas mais impactantes de 2012, traz Daniela Braga numa capa que eu acho tensa. Aqui, a pele fala para um público bem diferente da Vogue, numa onda muito mais milionária que tilelê e até casa bem com a chamada de inverno, mas acho muito tudo errado. 
A quantidade de linhas na capa me deixa completamente perdido, sem saber para onde olhar: vejo a vertical do cabelo, as diagonais da marca + diagonais do rosto + diagonais das sobrancelhas e, ainda, a horizontal da pele. Cada uma aponta para um lugar, não consigo seguir um caminho harmônico.
Além disso, com um olhar tão impactante e uma boca tão vermelha, a renda que aparece sob a pele, bem na base da capa, vira um ruído desnecessário, que não agrega nenhum valor de moda, uma vez que não é possível entender o que é a roupa, devido ao corte da foto.
Para fechar o pacote modista, tem a L'Officiel. Assim, juro que tento gostar da revista, tento ver com mais simpatia as apostas diferenciadas e mais arriscadas que a da concorrência. Mas gente, alguém pergunta pra galera da redação se já ouviram falar que "menos é mais"? Que uma imagem mais sintética, muito provavelmente seria mais pregnante? Não consigo entender porra nenhuma disso aí: tem geometria, tem animal print, tem florzinha, tem luvas, tem janela com persiana, tem chamadas com fontes diferentes e tem uma inadequação absurda com a imagem e a chamada principal. 
E não gente, não é porquê a outra chamada fala de grafismo, fetiche, etnia e tudo mais, que justifica uma foto dessas na capa.

5 comentários:

Unknown disse...

tentando entender a harper's bazaar até agora :| ahahahahaha ugh!

=*

Eufrasio Vieira disse...

Eu gostei da Bazaar e da Vogue da Rosie. A Vogue da Aline está identica à de fevereiro com a Bette Frakie, aqueles olhos esbugalhados segurando uma bolsinha, a Aline merecia capa melhor. Ainda bem que os assinantes receberam as duas capas encartadas. Elle não gostei, em 25 anos de revista, há mais de 20 anos sem uma negra na capa (Camila Pitanga não conta), será que eles não vão corrigir esse erro? Até a Bazaar que tem menos de 2 anos já trouxe 2 mulatas (?) Daniela Braga e Lais Ribeiro. L'Officiel teria errado menos se reproduzissem a capa da edição francesa com a Lais que já virou reprint na Lituania.

LuTripoli disse...

quem escreve as chamadas da capa da Bazaar? Algum imortal da ABL?

Anônimo disse...

A capas das revistas brasileiras são um tédio.Se superam a cada mês,no péssimo sentido.

Dieego disse...

Estou tentando entender o pq do desdenhamento das revistas brasileiras com a Laís Ribeiro; Ela já foi capa da VOGUE GERMANY e nem isso fez as revistas daqui abrirem os olhos para essa maravilhosa modelo. E VOGUE BRASIL sempre com as mesmas caras em suas capas! #fail

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