Terça-feira chegou às bancas a 5ª capa regular de Scheila Carvalho para a Playboy, e como Scheila foi minha musa de adolescência, não podia deixar de correr na banca e garantir meu exemplar.
Confesso que depois de ter visto algumas fotos na internet havia ficado bastante decepcionado com a edição. Aquilo que estava circulando não era nada interessante, nem passava perto do que a revista havia divulgado da produção. Pois bem, revista em mãos uma parcela da decepção foi embora, mas uma boa parcela manteve-se por aqui. E o motivo eu explico aqui para baixo.
Então, este é, muito provavelmente, o último ensaio dela para a Playboy e acredito que um pouco mais de pompa seria bem vinda. A mulher é um marco na revista, e o ensaio apresentado este mês é comum. Simples assim: C O M U M. Não é um vexame, muito menos um espetáculo visual, e sim, acho que Scheila merecia um espetáculo.
As fotos dão de 1000 na concorrente Sexy, que, coincidentemente, também chegou às bancas com estrada como tema, mas lá, as Mochileiras não são o melhor exemplo de mulher bonita, e o fotógrafo também não é a melhor referência na profissão. Então a concorrência é desleal.
se o Duran tivesse fotometrado direito, e deixado a estrada aparecer, teria sido muito mais bonita essa abertura...
Amenidades a parte, o ensaio fotografado pelo já cansado JR Duran, é de uma simplicidade visual que chega a dar sono. Duran, como sempre, foi comercial em seus cliques. Colocou Scheila em poses batidas, fez suas fotos clássicas: deitada na cama de barriga pra cima, deitada de barriga para baixo, tirando a calça, de ladinho... Tudo bem comum, com uma luz dura, sem graça, e em muitos casos ineficiente.
Sim, achei esquisita aquela sombra gigante do flash em muitras fotos - inclusive na capa -, achei desnecessária a escuridão em muitas fotos, ao invés de deixar requintado, dramático e tal, ficou feio mesmo. Na foto da página 93 o rosto dela praticamente some, e na da 102 ela parece suja de tão estranha que está a luz.
Ainda criticando, acho que mais uma vez a produção da revista se perde em alguns pontos. Nesse mês, é bom deixar claro, se perde muito menos do que vinha acontecendo. Realmente é possível ver uma tentativa de narrativa nas fotos, os ambientes são coerentes entre si, tudo bem tosco, sem requinte, mas como nem tudo são flores, alguém teve a brilhante idéia de colocar aquele veludo horrível no banco do caminhão.
Sério, o pacote kitch já estava garantido pelo ventilador e o bicho de pelúcia, não precisava do veludo, ele simplesmente destoou do conjunto. Bola fora do pessoal. Junto do veludo, teria jogado no lixo o óculos de coração - que é fofo, mas não tem nada a ver com o conceito, um modelo aviador teria feito mais sentido - e o biquini amarelo com a flor roxa. Sério, aquilo é uma monstruosidade e não se encaixa em hippie, em borracharia, em estrada. Aquilo não tem nada com nada e é feio. Muito feio.
Sim, achei esquisita aquela sombra gigante do flash em muitras fotos - inclusive na capa -, achei desnecessária a escuridão em muitas fotos, ao invés de deixar requintado, dramático e tal, ficou feio mesmo. Na foto da página 93 o rosto dela praticamente some, e na da 102 ela parece suja de tão estranha que está a luz.
Ainda criticando, acho que mais uma vez a produção da revista se perde em alguns pontos. Nesse mês, é bom deixar claro, se perde muito menos do que vinha acontecendo. Realmente é possível ver uma tentativa de narrativa nas fotos, os ambientes são coerentes entre si, tudo bem tosco, sem requinte, mas como nem tudo são flores, alguém teve a brilhante idéia de colocar aquele veludo horrível no banco do caminhão.
Sério, o pacote kitch já estava garantido pelo ventilador e o bicho de pelúcia, não precisava do veludo, ele simplesmente destoou do conjunto. Bola fora do pessoal. Junto do veludo, teria jogado no lixo o óculos de coração - que é fofo, mas não tem nada a ver com o conceito, um modelo aviador teria feito mais sentido - e o biquini amarelo com a flor roxa. Sério, aquilo é uma monstruosidade e não se encaixa em hippie, em borracharia, em estrada. Aquilo não tem nada com nada e é feio. Muito feio.
Mas como nem só de erros vive um ensaio, vamos falar das coisas boas: achei muito feliz a idéia de tirar a Scheila da natureza. Em todos os seus ensaios anteriores as fotos eram feitas em algum lugar com muita vegetação, muito sol, muito verão. Ponto pra Playboy por sair do lugar comum, mesmo o fotógrafo não tendo explorado o espaço, e tendo feito apenas fotos fechadas na modelo, o clima mais pesado e tosco foi uma boa.
Scheila continua lindíssima, apesar de não transparecer tanta segurança e naturalidade como nos ensaios anteriores. Ela tá batendo um bolão, todos seus atributos mais famosos estão lá, muito bem cuidados. As únicas ressalvas são em relação a boca e os braços, acho que ela está exagerando no colágeno e na musculação...
Outra coisa legal de falar: uma das fotos dessa edição lembra MUITO uma das fotos da primeira edição, a própria Scheila já disse algumas vezes que é sua foto favorita da Playboy. Será que foi intencional colocá-la na revista?! As páginas 100 e 101 formam a mais bela dupla da edição (mentira, a dupla da Nana Gouveia é muito mais incrível, mas isso é assunto para outro post). E o encerramento do ensaio é um clássico de Duran, que já deu no saco. Mostrar o 'orifício corrugoso' em todos os ensaios já deu, e não é nem um pouco extraordinário, já ficou batido.
Conclusão:
• Scheila está linda, mas não tão linda quanto no especial da capa vermelha que vinha com DVD.
• Passado o ensaio deste mês, posso afirmar que o melhor e mais marcante ensaio da Scheila continua sendo o clicado por Bob Wolfenson, que nos deu uma das mais belas duplas da história da revista. Pura ousadia.
• A produção da Playboy melhorou, mas continua patinando em pequenos detalhes. E eles são fundamentais. Em tempos de 'mulheres fruta', prezar pelo cuidado da produção é o mínimo.
• Duran continua com seu estilo inconfundível, e isso não é um elogio.
• O ensaio secundário, de Polliana Bays, clicado por Rodrigo Vipych é muito mais criativo e atrante que o da Scheila, e que luz linda é aquela?!
• 20 páginas + pôster não foram suficientes para a despedida de uma mulher que fez história na revista.
• Fico muito feliz quando vejo que as fotos em preto e branco voltaram de vez para a revista...
• Nana Gouveia e Auttumn roubaram todos as atenções do mês para a Edição Especial que está por vir.
• Duran não precisa mais dar as caras na Playboy este ano.
9 comentários:
Minha foto favorita é a da banheira e as das páginas 94 e 95. Sim, o ensaio do Bob é o melhor de todos.
Realmente o ensaio de Bob está digno de Scheila.... JR já deu o que tinha que dar...
Duran não precisa mais dar as caras na Playboy este ano. [2]
Achei a Sheila beeem insegura nas fotos. Antes ela quase engolia o fotógrafo.
gosto da tentativa de luz dura da capa. tem um quê meio terry richardson.
e, se é pra fazer fundo branco igual a todo mundo, que pelo menos a luz seja diferente.
Fiquei com medo do bico dos peitos dela humpft
alguem pode informar que manchas escuras são aquelas na perna, bumbum e braçlo da scheila na capa?? é graxa???
Eu tenho a ediçao de Dezembro de 2001 sao fotos "reprizadas", nao tem nada de inedito...
Comprei só por causa da Luize Anthenrofen, que dividia a edição com Scheila em uma capa dupla (tosca)!
Sobre esta edição: "Mais do mesmo"