Confiram neste post a análise da GLOSS na visão de uma leitora de revistas femininas e de dasBancas:
A revista Gloss (editora Abril, desde 2007) está com sua 20ª edição nas bancas, um ano e meio depois de sua estréia. Gosto de classificá-la como uma Capricho (editora Abril, desde 1982) crescida ou Marie Claire (editora Globo, desde 1991) de início de carreira. Com público feminino de 18 a 28 anos, me chamou a atenção pelos anúncios incríveis, pelo formato até então inexplorado e, posso confessar? , pelo precinho básico. Muito da primeira edição ainda se conserva, obviamente, o conteúdo, a diagramação da capa, as sessões. Mas comparando a 1ª edição, de Gisele a Fernanda Takai, passando pelas mulheres Mader, a 20ª de Taís Araújo a Vanessa da Matta, passando por Claudinha Leite, é nítida a impressão de que a revista está mais madura, mais confiante, e, com o perdão da piadinha, mais colorida.
A entrevista com a estrela da capa tem a chamada “Minha carreira tem valor social”. Numa descontraída conversa, Taís fala sobre como se tornou um ícone da dramaturgia brasileira, e a pioneira na inserção do negro na comunicação. Ahaza minha cor! Revela o que todo mundo já está comentando - que será a próxima Helena de Manuel Carlos, e o que já devíamos ter reparado - que vende para Classe AB como ninguém.
As centenas de dicas de make, outfit, gifts, acessórios e etc, sinceramente, chamam pouco a minha atenção. Prefiro as sessões de curiosidades, com produtos que variam duma jaqueta feita com uma boneca inflável a uma cadeira que amplifica o som do pum do sentado. Esta lady sou eu! Rs...
O destaque masculino desta edição é David Beckham, infelizmente, numa entrevista muito pequena, com ares de compra cara. Ele que tem todo o potencial para fotos incríveis, aparece num clique mais ou menos. Na edição 19 da revista, uma matéria super brasuca humilha a do metrossexual. Rodrigo Lombardi não só entra no chuveiro, como conta sobre sua vida de bom moço, casado, bem sucedido e pai.
As sessões de amor e sexo, no estilo Nova (editora Abril, desde 1976) de ser, trazem aqueles clichês que a mulherada adora: paquera; traição; camisinha; 1ª vez com fulano; como apimentar relação com beltrano; ABC de dicas; Ponto G e Hora H. O clímax (trocadilho infame, né?) das sessões são as ilustrações e fotos inusitadamente hilárias, tais como um mosaico de vibradores, uma casa plastificada e mulheres com camisetas cuja estampa diz “Eu me masturbo”. Descoladinha, né? Na edição 20, Popeye, Brutus e Olívia Palito retratam mocinhas, mocinhos e machões. Totalmente demais.
Anna Cristina, negra e gata, é publicitária, trabalha como mídia em uma grande agência de BH e é leitora fiel da GLOSS. Além disso, ainda escreve para SOCONVERSAFIADA e Aprendiz, o blog ao lado de seus fiéis escudeiros.
10 comentários:
depois de anna cristina, em breve um post do poulain. hahaha. to me sentindo. quando eu sair das cobertas vou desenterrar meu mar de SETs.
gosto da gloss, desde o começo. às vezes a capa decepciona, mas a fórmula é boa, toda matéria (por menorzinha que seja) é bem produzida (fotos pensadas, nada do clichê faz-de-qualquer-jeito) e bem editadas.
meio teen, mas eu adoro.
De tãããooo gata, a Anna/Pretta nem precisava ser intelingente (machista, eu?), mas é. Cheia de graça até na fossa. Pena que só conheci um dia. O post ficou ótimo. Bjus!
Lembro bem da palestra de um [hoje] editor de uma revista da Editora Abril que assisti exatamente no mês em que a Gloss era lançada. A frase dele foi quase essa: "essa é uma revista feita para as órfãs da Capricho". De fato havia uma lacuna no mercado e nunca [claro!] tinha me dado conta disso. Talvez eu seja uma dessas órfãs. De um lado Claudia, Cosmo e tal. Do outro, Capricho, Atrevida e afins. Comprei na hora e realmente me vi em muitos momentos na revista. É, o que não faz um bom publisher... Bom, mas acho o mundo-Gloss bem menos clichê do que o post fez parecer. As reportagens raramente apelam para o clássico tratamento que vemos por aí. A pauta pode até ser comum, mas a forma como recortam ela já é outra coisa... Só acho que a revista ainda se perde um pouco no esforço de dar conta desse público tão variado. Parece que a Gloss quer abraçar o mundo.
Amores, muitissimo obrigada pelo espaço e pelos elogios. É muito bom falar da Gloss, pequeno vício de meus 20 e poucos anos. E junto de vocês, lindezas, é ainda melhor. Parabéns pelo blog, e pelo sucesso, de quem é assumidamente fã. Mil beijos!
É Taís já começando a série de capas que irá fazer quando se tornar Helena...e já adoro demais da conta, ela merece VÁRIAS.
Adorei Anna Crista Almeida como convidada, ficou interessante ler a partir do ponto de vista feminino. Ahazzou wifey!
Minha sócia é multifacetada. Nunca li Gloss, mas foi muitissimo bem defendida!
=]
Preta ahazando once again!
O artigo tá ótimo. Também leio Gloss - apesar de não ser orfã de capricho - e achei que tá tudo muito bem dito. Continua uma revista legal, com um formato e preço lindos.
e a gloss 20, que saiu com a minha humilde opinião na seção de cartas? escrevi DELICINHA e achei que seria censurado, mas... saiu! hahahaha :x
Você tem a primeira edição da revista gloss? Eu tinha. Tem um artigo na última página que eu quero muito reler. Se puder, tira foto e me manda por email😍. Obrigada! SOU jeildes o email é jeildesportela@hotmail.com