segunda-feira, 25 de agosto de 2008

desculpe render, mas...

Então, desde sexta-feira estou fora da internet (computador estragou, fiquei puto, perdi todos os meus favoritos, fiquei sem ler e-mails, perdi algumas coisas legais da vida real, mas quarta-feira estará tudo resolvido), e só hoje li este post. E assim: aqui temos o espaço democrático, para falarmos do que quiser, mas não gostei da maneira que a coisa foi exposta. E acho que o Aran, diretor de redação da Playboy, tem o direito de ver suas palavras de maneira mais claraneste blog, que apesar de muito novo já tem um público fiel, que mantém uma média de 150 visitas diárias. para um blog sem fofoca e com praticamente 1 mês, isso é muito. 

Não sou rato de redação, nunca abri meu e-mail para enviar uma mensagem para qualquer redação que seja, (mentira, mandei e-mail para a Todateen, por causa de um trabalho de faculdade), não conversei com o Aran sobre esse acontecido, só vi as palavras dele no comentário do blog. A única vez que troquei palavras com ele, foi por causa de um post na Confraria Playboy, em que ele foi muito educado e atencioso. 

Não gosto da foto dele, ocupando o espaço que antes era de um flagra de bastidores do ensaio de capa, no editorial da revista. Mas respeito o profissional, que deslizou, mas deu uma melhorada significativa na Playboy. Os ensaios voltaram a ter charme, a revista voltou a ser falada, e o conteúdo é bacana de ler. 

Justamente por sermos um espaço democrático, abaixo as 20p completas, feitas pela Comunidade Playboy Brasil ao Sr. Edson Aran, jornalista conceituado, que já faz parte da histórias das revistas masculinas brasileiras e tem um site ótimo, que todo mundo deveria dar uma olhada. Comentário aleatório: adorei as tirinhas da Telma Luiza.

Aran fala:

"Antes de mais nada, obrigado pela oportunidade de falar com vocês aqui da comunidade. Eu estava meio reticente, em fazer esta entrevista, mas fui convencido pelo Helder Luciano. A culpa ou o mérito, portanto, é dele."

1) Qual o critério utilizado nas escolhas das fotos que saem na revista? E por que em alguns ensaios as melhores fotos ficam de fora?

Quem disse que as melhores fotos ficam de fora? As melhores fotos estão SEMPRE na revista. O critério é simples: sensualidade, arrojo, surpresa, bom gosto – tudo dentro da idéia do ensaio, é claro. Quando a foto não se enquadra nos quesitos acima, fica de fora. Simples assim.

2) Em uma auto critica, quais sao seus pontos fortes e quais sao os pontos fracos do seu trabalho na PBY?

O ponto forte é que a PLAYBOY voltou a ser uma revista que repercute, que tem importância, uma revista pela qual as pessoas se interessam. Isso se deve ao empenho e à dedicação de toda a equipe, não só a de redação, mas também a de marketing. Notem que não é só a capa que repercute, mas também a entrevista, as reportagens, as 20P, o “MQA”, as capas clássicas e até as coelhinhas, que nós voltamos a utilizar em nossas festas e ações de marketing. PLAYBOY é, hoje, uma revista viva, uma revista que faz diferença, uma revista a qual as pessoas querem estar associadas. O ponto fraco é que ainda tem muita coisa a se fazer. Muita, muita coisa. Mas nós vamos fazer.

3) No que se deu a ausência de mulheres na entrevista? Qual o critério usado p/ escolher os entrevistados?

Já expliquei isso antes, mas vou repetir: o entrevistado não é escolhido pelo gênero, mas sim pelo que tem a dizer. O que vale é a importância do personagem e das opiniões dele, seja homem ou mulher.

4) A PLAYBOY é uma revista de mulheres gostosas ou de mulheres famosas?

Entre as 25 PLAYBOYs que existem no mundo, a edição brasileira é a única que é “celebrity-oriented”, ou seja, que coloca celebridades na capa. As outras edições colocam playmates ou seguem a fórmula original da “girl next door” criada pelo Hefner. A PLAYBOY francesa atual também coloca celebridades na capa, mas é uma proposta completamente diferente. É quase uma revista de moda e a estrela de capa não recebe cachê, portanto, os ensaios são artísticos e têm pouco apelo sensual. Agora, é claro que nossas celebridades precisam ser gostosas. Então, eu diria que a PLAYBOY é uma revista de famosas gostosas. Não importa se a fama da estrela da capa dura 15 minutos ou uma vida inteira. Desnudar a mulher do momento também faz parte da nossa missão.

5) Porque a PLAYBOY se nega qualquer tipo de tratamento nas fotos dos ensaios, mesmo sendo óbvia a utilização de tais recursos?

Porque, ao contrário do que se pensa, Photoshop não conserta mulher feia. O programa é usado minimamente e apenas para corrigir detalhes. Quem conhece e usa o programa, sabe que ele é uma ótima ferramenta, mas não é um “fazedor de milagres”. Além disso, antes do Photoshop entrar em ação existe iluminação, produção, figurino, ângulo. Tudo isso acaba fazendo com que o programa não seja necessário na maioria dos casos. A edição da Carol Castro, por exemplo, tem Photoshop mínimo. A da Natália também. E a da Juliana.

6) Aran, sobre uma parte da revista que é pouco comentada, mas que eu particularmente acho muito interessante; fale sobre o "Mulheres que Amamos". Como é feita a escolha da gata? Tem alguma que vocês convidam mas não topa?

Claro que tem. Por outro lado, tem várias que topam e a gente não quer. O critério é parecido com o da capa: fama e gostosura, além do caráter jornalístico, ou seja, a moça tem de estar fazendo algo importante ou digno de nota.

7) Gostaria de perguntar como é feito todo o processo de escolha até a Estrela assinar o contrato.Quanto em média é o tempo de negociações?Como acontece as conversas, é primeiro o cachê e depois a escolha de tudo? Quais motivos geralmente levam a estrela assinar?Dinheiro, Fama ou respeito pela revista?

É igual à vida: cada mulher é diferente da outra e, portanto, cada negociação também é. Algumas negociações são rápidas, outras são demoradas. Algumas estrelas querem discutir primeiro a idéia do ensaio, outras preferem discutir valores. Mas, sem dúvida, todas elas querem e gostam de ser a capa da PLAYBOY. Afinal, estamos falando de uma revista é que a líder do mercado há 33 anos e é a segunda maior PLAYBOY do mundo, atrás apenas da edição americana.

) Se compararmos a década de 80 e 90 com os anos 2000, houve uma razoável diminuição de mulheres famosas e respeitadas dentre o meio artístico que posaram nuas para PLAYBOY. Com o estabelecimento de classificações etárias para os programas de TV, e a diminuição das cenas de sexo e nudez em novelas, levando em conta o que se apresentava na televisão antigamente, você acha que isso influencia na diminuição de atrizes famosas na capa? Que fatores você citaria como os principais causadores dessa tênue queda?

Isso é mais uma tese do que uma pergunta e, como em toda tese, é preciso analisar com cuidado as premissas para não chegar à conclusão errada. Primeiro: não houve diminuição de mulheres “famosas” na capa. O que mudou foi o mundo. Se antes, a celebridade era uma dançarina do Programa H, hoje é uma dançarina de funk. Se antes a novela global das nove era campeã absoluta de audiência, hoje a audiência está pulverizada entre reality shows (como o BBB), novelas da Record, reprises de Pantanal, canais a cabo e etc (e bota etc nisso). Ou seja, as “famosas” estão em outros lugares. Outro ponto é que a TV realmente é mais careta hoje do que era nos anos 80. Mas, de novo, você está tomando a parte pelo todo. O mundo é que está mais careta – as TVs e as revistas apenas refletem isso. Seja como for, a PLAYBOY não é e nunca foi uma revista de mulheres nuas apenas. Por isso que ela continua sendo a maior e mais prestigiada revista masculina do Brasil.

9) Na sua opinião, você acha que as atrizes famosas mudaram seu conceito sobre posar nua para Playboy em relação ao que tinham nos anos 80 e 90, onde a quantidade delas em capas era maior?

A quantidade não era maior, como já expliquei acima. As enquetes da própria comunidade – aquelas do tipo “qual foi a melhor PLAYBOY de 1982?” – provam isso. Confira lá pra você ver.

10) Quando será possível mais uma daquelas eleições para os leitores escolherem a capa novamente? como foi com a Grazi...

Um dia a gente faz de novo.

11) Na sua opinião o que leva uma estrela a posar nua? Dinheiro e fama (muitas vezes mais fama ainda), ou estar na capa da atualmente maior e melhor revista do Brasil? Você já entrou em contradição com a Estrela?

Não sei se entendi direito, mas nós sempre tratamos nossas estrelas muito bem e as divergências de opinião sobre o ensaio são resolvidas tomando champanhe. É por isso que elas adoram posar para a PLAYBOY. O resto eu já respondi na pergunta 7. Veja lá.

12) Quais os passos dados desde a criação até as bancas de uma PLAYBOY?

Bem, primeiro tem uma reunião de pauta, quando discutimos e decidimos o que vai ter na revista. Aí fazemos reuniões menores com editores (para decidir como serão as seções), repórteres (para discutir as matérias) e fotógrafos (para falar dos ensaios). Depois as “matérias” (que é como chamamos as entrevistas, ensaios etc) são “desenhadas” no departamento de arte, revisadas, aprovadas e enviadas para a gráfica. Claro que, no meio disso tudo, acontece um monte de coisa. Algumas reportagens “caem” da edição, outras “sobem”. Às vezes, muda até a estrela de capa, como aconteceu com a Mônica Veloso no ano passado (precisávamos fazer algumas fotos extras e, por isso, o ensaio trocou de mês). A revista muda o tempo inteiro. Só pára de mudar quando está impressa.

13) Na antiga Comunidade da PLAYBOY perguntei se você tinha alguma esperança que alguém quebrasse o recorde de vendas da Feiticeira, você respondeu que não e explicou o porque. Você continua pensando do mesmo jeito?

Continuo. Acho que os recordes históricos da PLAYBOY vão permanecer inalterados, pois a revista hoje é mais cara e a pirataria na Internet afeta muito as vendas. Mas eu posso estar errado. Tomara que eu esteja.

14) ... uma Melancia ser recorde absoluto da sua administração, ela sendo praticamente proletária, não é uma profanação da marca que a revista traz na capa?

Boa pergunta, pois ela me dá a oportunidade de falar um pouco sobre a nossa querida Garota Melancia, que é a maior vendagem da PLAYBOY nos dois últimos anos (embora não seja o recorde da minha gestão, que continua com a Flavia Alessandra). Primeiro, não sei o que você quer dizer com “proletária”. A Garota Melancia e o Créu são fenômenos pop iguais ao É o Tchan e a Feiticeira, que também foram capas da PLAYBOY. Não há diferença entre a Carla Perez e a Garota Melancia. Outro dia eu respondi isso a um leitor e ele, completamente destemperado, veio aqui pro Orkut dizer que ia me “socar” e coisa do tipo. Mas é verdade. O Tchan também gerava rejeição numa camada de leitores, embora fosse um sucesso indiscutível. Até a Feiticeira, recorde absoluto de vendas da PLAYBOY, foi rejeitada em certos círculos, por mais incrível que isso possa parecer. Ou ninguém mais lembra da música da Rita Lee que dizia “nem toda brasileira é bunda, nem toda feiticeira é corcunda...”? A missão da PLAYBOY é desnudar as mulheres que estão no imaginário do leitor, ou seja, que dão tesão nele. A Melancia dá tesão. Você ficaria surpreso com o número de caras da Abril, a elite do jornalismo brasileiro, que queria fazer fotos com ela ou ganhar um autógrafo. Resumindo: mulher gostosa não tem classe social. E “profanação” é fazer uma PLAYBOY que não vende. Isso nós não vamos fazer.

15) Qual foi o critério utilizado para escolha da Andréa Lopes para capa de janeiro de 2007?

Já falei disso 3.417.858 vezes, mas vamos lá. Andrea Lopes é tetracampeã brasileira de surf e a PLAYBOY tem uma tradição em desnudar esportistas. A bandeirinha Ana Paula, por exemplo, fenômeno de vendas em 2007, também é esportista. O problema com a Andrea Lopes é basicamente a capa da revista, que foi mesmo muito infeliz. Um grande fotógrafo amigo meu me disse: “se eu tivesse feito aquela capa, ela seria um sucesso”. Acredito nele. Ele tem muito olho pra mulher e sabe o que diz.

16) Sempre que ocorrem erros, como no caso do PORSHE, há especulações de demissões. Isto ocorre? Qual é o perfil da sua gestão? Você é mais descontraído como aparenta, ou "pulso firme" (quando se fala em trabalho) e não perdoa falhas deste tipo?

Sou descontraído e pulso firme ao mesmo tempo. É possível. O caso do Porshe é imperdoável, mas não é motivo para demissão de ninguém – pelo menos, não no meu ponto de vista. E nem no dos meus chefes.

17) Aran, atualmente quais são as dificuldades de se colocar Estrelas de primeira grandeza na capa da PLAYBOY além de fatores financeiros? E o lançamento de Especiais com garotas que não tem um perfil tão forte para capa da revista normal; isso acaba atrapalhando no planejamento da Estrela do mês?

Bem, não há dificuldade alguma com “estrelas de primeira grandeza”. A capa da Carol Castro está aí para provar isso. Os Especiais da PLAYBOY não atrapalham em nada a revista mensal regular. A PLAYBOY sempre fez especiais e eles têm características próprias, diferentes da edição mensal. Por exemplo: “O Mundo de PLAYBOY” é mais clássico e elegante, enquanto o “Paixão Nacional” é mais pop e jornalístico, no sentido de pegar a garota “da hora”.

18) Curto muito a Click. É uma sessão despretensiosa e gostosa ao mesmo tempo. Já tiveram problemas com alguma gata por algum clique publicado?

Todo mundo gosta do Click! Já tivemos problemas com algumas gatas, pois são fotos de paparazzi . Às vezes, a mesma foto que publicamos sai na Contigo, na Gente, na Quem, na Internet e a moça vai e processa a PLAYBOY, alegando que é uma revista de nu e ela não recebeu por aquilo. Mas os problemas são poucos.

19) Se você pudesse escolher particularmente uma única Estrela brasileira para uma edição perfeita de PLAYBOY, sem levar em conta se ela aceitaria ou não, com qual mulher seria esse ensaio? Como ele seria?

Seria a Carol Castro, ela já aceitou e a edição ficou muito boa. Nós, da PLAYBOY, não podemos ficar sonhando com a mulher ideal. Nós temos de conquistá-la.

20) Aran, por quê uma revista com mulheres nuas e para o público adulto precisa de ter os palavrões censurados?

Você certamente não leu a revista recentemente, pois isso acabou faz mais de dois anos. Logo que cheguei à PLAYBOY, tive um excesso de zelo com relação aos palavrões. Foi bobagem, mas durou pouco.


não gosto de edição tendenciosa, prefiro as coisas às claras.

10 comentários:

Unknown disse...

Grato pela atenção, Thiago.
Ah, o ensaio da Gy está muito bom, pode acreditar.
abração,
- Aran

Anônimo disse...

Ih, fica uma caca... saiu como Site do Aran. Corrige aí pra mim, se der, por favor.
abs
- Aran

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Agoooora Thiago! Eu não tinha achado legal a forma como Leandro comentou das 20P de Aran na comunidade. Tudo bem não gostar dele ou concordar de algo que falou. Mas não acho legal citar algumas partes e criar um clima chato sem nescessidade. Até pq ele teve paciência e boa vontade, sim, para responder as perguntas. Perguntas às vezes já cansadas de guerra ou outras que não tem como ser explícito na resposta. Foi feito o que se pôde.

Enfim, achei melhor essa forma de falar no assunto. Mais justo e imparcial.

Valeu!

Abraços
André

Leandro | @Leandro_S disse...

Bem, já pedi desculpas ao Aran. Realmente me excedi naquele post. Se quiserem apagá-lo, podem ficar à vontade, pois nenhum dos nossos muitíssimos 150 fiéis leitores (hauhauhau) vão sentir falta mesmo.

André, na boa, jamais se esqueça que estamos num blog. Você quer imparcialidade? Compre a Veja, assista o Jornal Nacional que, talvez, você terá alguma imparcialidade. Blog e imparcialidade são coisas que não combinam.

Abç!

Unknown disse...

Blz Leandro! Fique à vontade. Foi meu ponto de vista.

Abs

Anônimo disse...

Leandro: tranquilo, man. Página virada, caso encerrado. Não precisa pedir desculpas. Estamos entre amigos aqui.
abs
- Aran

Anônimo disse...

agora sim! outra personalidade!
não conheço o aran, mas o post do leandro foi totalmente desnecessário.
o cara não foi arrogante em nenhum momento nesta entrevista.
isso só nos traz uma lição: checar a fonte antes de conceber uma opinião!
abrazz

Anônimo disse...

Defina imparcialidade.

Unknown disse...

U-hu, batemos todos os recordes! Como esse post rende. Agora a gente tem 151 fiéis leitores e um post com 10 comentários.

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